O uso de plantas medicinais é uma prática popular aceita por alguns profissionais da saúde. O objetivo desse estudo foi saber se os médicos, cirurgiões-dentistas e enfermeiros das unidades de saúde do município de Juazeiro-Bahia têm o conhecimento e percebem a importância da utilização e das indicações das plantas medicinais e dos fitoterápicos. Trata-se de um estudo transversal, exploratório e descritivo no qual participaram 56 profissionais de nível superior. Os dados foram obtidos através de entrevista individual, usando-se um formulário semiestruturado. Adotou-se para a análise estatística, o teste de Pearson qui quadrado, com nível de significância de p<0,05. Como resultado, observou-se que 30 (53,57%) profissionais disseram não saber orientar os pacientes sobre a utilização de plantas medicinais e que o conceito de fitoterápicos e a diferença em relação aos homeopáticos não estavam claros para alguns. As plantas mais citadas pelos médicos foram Valeriana officinalis L. e Matricaria recutita L., pelos enfermeiros foram Plectranthus barbatus A. e Passiflora edulis S. e pelos dentistas foram Punica granatum L. e Mentha piperita L. Conclui-se que os profissionais do município necessitam de capacitação sobre essa alternativa terapêutica.
O propósito deste trabalho é compreender as relações, os limites e as possibilidades de intervenções das ações de extensão universitária da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) junto a agricultores familiares nos territórios de atuação no Semiárido Brasileiro (SAB), região do Vale do Submédio São Francisco. A partir do mapeamento dos projetos de extensão mantidos pela Univasf, executados pelo Programa Institucional de Bolsas de Extensão (Pibex) nos editais anuais de 2016, 2017 e 2018, este estudo analisou os processos de intervenção sociotécnica junto a agricultores familiares e comunidades rurais. Utilizando-se de métodos qualitativos e quantitativos, a pesquisa demonstrou que as iniciativas voltadas para o meio rural são reduzidas quando comparadas às iniciativas para as áreas urbanas. Em relação ao enfoque da interação com os agricultores familiares, identificou-se que, entre os projetos Pibex, há um predomínio de iniciativas de extensão universitária orientadas pelo enfoque difusionista, algumas ações com características assistencialistas e uma tendência em direção à adoção de metodologias participativas. De maneira geral, conclui-se que as ações de extensão universitária do Pibex, mesmo manifestando diferentes enfoques e níveis de interação, têm possibilitado a troca de saberes por meio da interação entre estudantes, docentes e comunidades rurais.
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