OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo avaliar a variabilidade e a frequência do consumo alimentar, o estado nutricional e o nível de atividade física em uma comunidade universitária brasileira. MÉTODOS: A amostra constitui-se de 303 voluntários (130 homens e 173 mulheres) pertencentes à comunidade universitária do interior de São Paulo e avaliada por meio da disponibilização pela Internet do Questionário de Frequência Alimentar do International Physical Activity Questionaire e por meio da coleta da descrição autorreferida do peso e da altura. Foi realizada análise descritiva dos dados, análise de frequência alimentar e teste do coeficiente de correlação de Spearman. RESULTADOS: Foram observados inadequação dos hábitos alimentares, sobrepeso e obesidade na amostra estudada. As correlações entre os grupos alimentares apresentaram valores de magnitude maiores no grupo de mulheres que se alimentam de forma mais adequada do que os homens, mas não foram observadas diferenças entre os sexos no nível de atividade física. Não houve correlação significativa entre grupos de alimentos consumidos, índice de massa corporal e nível de atividade física em ambos os sexos. CONCLUSÃO: A comunidade universitária estudada apresentou baixo consumo de frutas, legumes e verduras, bem como consumo insuficiente de alimentos do grupo de cereais e leguminosas.
Os componentes do perfil epidemiológico e social de idosos parecem ter forte associação com a percepção subjetiva da qualidade de vida. O objetivo desse estudo foi determinar a associação entre qualidade de vida e os aspectos socioeconômicos e de saúde de idosos ativos. Foram estudados 82 idosos com idade média de 68,08 (DP=4,36) anos, participantes da Universidade da Terceira Idade – UnATI – da cidade de Piracicaba, São Paulo, Brasil. A percepção da qualidade de vida foi mensurada utilizando o WHOQOLBREF. Idade, gênero, renda, estado civil, escolaridade, nível socioeconômico, número de morbidades, circunferência abdominal e IMC foram elencadas como variáveis independentes. As associações entre a percepção da qualidade de vida e as variá veis independentes foram avaliadas pelos testes do qui-quadrado para as variáveis categóricas e pelos testes T-student ou Mann-Whitney, quando necessário, para as variáveis contínuas. O nível de significância adotado foi 5% de probabilidade ou o p-valor correspondente. A análise dos dados indicou a possível influência das variáveis renda, morbidades e escolaridade nos diversos domínios da qualidade de vida. Os idosos com maior poder aquisitivo são menos acometidos por doenças, têm níveis mais elevados de educação e informam ter melhor qualidade de vida. Concluímos que o perfil epidemiológico e social interfere na qualidade de vida de idosos ativos.
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