Introdução: Os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares são altamente prevalentes em indivíduos idosos, contudo essa condição tem crescido de maneira preocupante em adultos jovens, principalmente em acadêmicos de graduação. Essa condição pode estar relacionada a vários comportamentos de risco, associados às doenças cardiovasculares, como má alimentação, baixos níveis de atividade física, sobrepeso, etc. Objetivo: Identificar a prevalência dos riscos cardiovasculares em acadêmicos do Curso de Enfermagem de uma universidade particular do Sudoeste do Paraná. Metodologia: Pesquisa transversal, realizada em acadêmicos do Curso de Enfermagem de uma universidade particular do Sudoeste do Paraná. Avaliaram-se 99 acadêmicos do Curso de Enfermagem, que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Utilizou-se para coleta de dados um formulário eletrônico, disponibilizado nos endereços eletrônicos, WhatsApp e Classroom dos acadêmicos. O instrumento continha questões sobre autorrelato de medidas antropométricas (peso, estatura, circunferência de cintura) e pressão arterial, além de questões objetivas sobre consumo de álcool, medicamentos, doença existente, nível de atividade física habitual e bem-estar geral. Para análise dos dados, empregou-se estatística descritiva e Teste U de Mann-Withney, com nível de significância de p0,05. Resultados: Observou-se que nos fatores de riscos cardiovasculares de Índice de Massa Corporal, Pressão Arterial e Circunferência Abdominal, os acadêmicos apresentaram valores médios adequados de acordo com tabelas normativas, cujos dados dos homens foram significativamente maiores em todas as variáveis analisadas (p0,05). Para hábito de fumar e consumo de álcool diário, observou-se percentual baixo (3% e 2%, respectivamente). Verificou-se que 28,3% dos estudantes relataram ter alguma doença preexistente e 58,6% informaram fazer uso contínuo de alguma medicação. Observou-se, ainda, os percentuais de inadequação para pressão arterial (6,5%), Circunferência Abdominal (27%), Índice de Massa Corporal (28,3%) e Nível de Atividades Físicas Habitual (46,6%). A agregação de dois e quatro ou mais fatores de risco foi mais prevalente em mulheres, ao passo que os homens apresentaram maior agregação e três fatores. Conclusão: Os universitários do Curso de Enfermagem analisado apresentaram percentuais importantes de fatores de riscos cardiovasculares, principalmente em relação ao estado de sobrepeso ou obesidade e sedentarismo.
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