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Assim como em Sobre a morte dos Perseguidores, de autoria do retórico cristão Lactâncio (240-320), o fim trágico dos imperadores inimigos da fé recebeu atenção especial na narrativa de Eusébio de Cesareia (265-339), bispo que ficou conhecido como “pai da história da Igreja” por sua obra História eclesiástica. A semelhança nos permite depreender que seu registro ultrapassava a mera descrição, possuindo um caráter admonitório. Pretendemos demonstrar que, para a manutenção da lógica interna de seu discurso, Eusébio interpretava o tormento, para o cristão e o não cristão, sob um duplo viés.

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