As residências multiprofissionais e em área profissional da saúde foram criadas em 2005, a partir da promulgação da Lei n° 11.129. Em termos técnicos, trata-se de um programa de cooperação intersetorial para favorecer a inserção qualificada dos jovens profissionais da saúde no mercado de trabalho, particularmente em áreas prioritárias do Sistema Único de Saúde. Os princípios e diretrizes do SUS, inclusive, orientam as Residências, a partir de necessidades e realidades locais e regionais. Podemos dizer que a Residência Multiprofissional em Saúde é uma Pós-Graduação Lato Sensu como todo curso de especialização, só que voltada para a educação em serviço e destinada às categorias que integram a área de saúde. Com duração mínima de dois anos, os programas têm ênfase na prática (por isso utiliza-se o termo educação em serviço). A carga horária prática é um diferencial e capacita o profissional de saúde para o exercício da sua função. Nessa semana, iremos abordar vários temas sobre residências, editais, como se informar e pesquisar e como traçar um planejamento de estudo, recebendo vários palestrantes durante o dia 07 a 11 de Novembro de 2022.
Introdução: O excessivo consumo de alimentos ultraprocessados, feitos a partir de ingredientes industriais, está entre as principais causas do aumento da incidência de doenças crônicas em âmbito mundial, juntamente com o consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo e inatividade física. Esta prática alimentar também promove a incidência de distúrbios nutricionais e a ingestão excessiva de calorias, contribuindo para o aumento da incidência da Diabetes entre a população. Objetivos: Analisar o excessivo consumo de alimentos ultraprocessados e sua influência no aparecimento da Diabetes. Material e métodos: Foi realizada uma revisão de literatura através de consulta nas bases de dados Scielo, PubMed, LILACS e Google Acadêmico, tendo como critério de inclusão publicações de artigos sobre a temática abordada dos últimos cinco anos. Resultados: A Diabetes mellitus é uma doença caracterizada pela incapacidade ou ineficiência do pâncreas em produzir insulina, levando os pacientes à hiperglicemia crônica, além de alterações na produção hepática da glicose. Neste contexto, diversos estudos apontam que a má qualidade dos alimentos, como os ultraprocessados, tem influência direta no surgimento da Diabetes entre a população. Este tipo de alimentação facilita a alta ingestão de ácidos graxos saturados e carboidratos simples, aumentando os riscos de sobrepeso e obesidade e, consequentemente, a possibilidade de incidência desta enfermidade. Ademais, outro fator preocupante é a presença precoce deste tipo de alimentos na nutrição de crianças menores de vinte e quatro meses de idade, propiciando a redução da proteção imunológica e o desencadeamento de processos alérgicos, com prejuízo ao crescimento e desenvolvimento infantil. Conclusão: Constatou-se através da análise da literatura existente que a inadequação alimentar é um dos principais fatores de risco modificáveis no tratamento da Diabetes. Tendo-se em vista a constante presença de alimentos ultraprocessados na dieta da população, e seus impactos negativos para a saúde, se faz necessário o desenvolvimento de políticas públicas com o intuito de combater o avanço do consumo destes alimentos. Nesse contexto, a educação alimentar e nutricional possui posição de destaque, juntamente com o tratamento medicamentoso, proporcionando aos pacientes uma melhor qualidade de vida.
Introdução: Os probióticos são microrganismos vivos que, ao serem administrados em doses adequadas, conferem diversos benefícios à saúde dos pacientes, contribuindo para o equilíbrio da microbiota intestinal e a melhora da resposta imunológica com a regulação do metabolismo, hematopoese, inflamação e imunidade. Objetivo: Analisar o uso dos probióticos e seus benefícios para o Sistema Imunológico. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados Scielo, PubMed e LILACS, com a utilização dos descritores “Probióticos” e “Sistema Imune” considerando-se publicações de artigos científicos entre os anos de 2018 a 2022, tendo sido utilizados vinte e quatro artigos. Resultados e discussão: Vários estudos na literatura descreveram os efeitos imunoestimuladores dos probióticos, tais como a estimulação do linfócito B, produção de IGA e o favorecimento da atividade fagocitária inespecífica dos macrófagos alveolares. Estes microrganismos também modulam a resposta imunológica, estimulam a citotoxicidade das células Natural Killers e interferem no equilíbrio da resposta inflamatória pela regulação da exposição de citotoxinas pró e anti-inflamatórias. Nos pacientes com HIV alguns autores apontam que seu uso acarreta um aumento da contagem das células T CD4 e a redução do d-dímero, o que indica a melhora da função imune e a diminuição do risco de infecções oportunistas. Contudo, conforme a RDC 241/2018 da ANVISA, para sua utilização deve-se avaliar a segurança, com a comprovação inequívoca das linhagens dos microrganismos e seus efeitos benéficos. Entre as limitações para o uso correto de probióticos estão: baixas definições de doses terapêuticas, variabilidades da microbiologia das cepas e fatores como tempo de utilização e técnicas invasivas e com alto custo de coleta de amostras. Conclusão: A literatura é congruente no sentido de que os probióticos apresentam diversos efeitos benéficos à saúde humana, constituindo uma abordagem para o restabelecimento do equilíbrio imunológico. Contudo, é fundamental a manutenção de sua viabilidade para a garantia dos seus efeitos e a constância das características organolépticas em sua utilização. Devem, portanto, haver mais estudos a fim de promover mais segurança e eficácia em sua prescrição.
Introdução: Os medicamentos são produtos que demandam diversos cuidados, desde o processo de fabricação até a dispensação aos consumidores. O armazenamento adequado é um importante fator para evitar acidentes domésticos e danos à integridade dos fármacos, visando também a conservação e efetividade dos medicamentos. Objetivo: Analisar as consequências do armazenamento incorreto de medicamentos no âmbito da Saúde Pública. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica através de consultas nas bases de dados Scielo, PubMed, LILACS e Google Acadêmico, com a utilização dos descritores “Uso de Medicamentos” e “Armazenamento” considerando-se publicações de artigos científicos entre os anos de 2018 a 2022. Foram selecionados e utilizados dez artigos. Resultados: O armazenamento de medicamentos é uma das etapas do ciclo da Assistência Farmacêutica, constituindo um processo que envolve o recebimento, a guarda, o controle de estoque e a expedição, envolvendo a indústria, distribuidores, governo, farmácias, hospitais e usuários finais. Nas primeiras etapas deste processo, tais produtos devem ser armazenados em conformidade às Boas Práticas de Armazenagem de Medicamentos (BPA), contado com instalações físicas e procedimentos que assegurem a qualidade, eficácia e segurança da medicação estocada. No que tange ao ambiente domiciliar, diversos autores apontam que são frequentes as práticas de armazenagem incorreta, tais como: exposição à umidade, sujeira e luz solar, bem como o armazenamento de produtos fora das embalagens e em locais ao alcance de crianças, além da guarda inadequada de produtos termolábeis. No âmbito da saúde pública, tais práticas conduzem ao aumento de custos decorrentes da perda de medicamentos, geram riscos de intoxicações e afetam a estabilização física e química das formas farmacêuticas, trazendo prejuízos à eficácia terapêutica. Conclusão: A partir da análise da literatura, conclui-se que o armazenamento adequado dos medicamentos é fundamental para sua correta conservação e utilização. Neste contexto, deve haver a educação permanente dos profissionais de saúde e da população e um controle eficaz da dispensação pelos órgãos públicos. Também é importante que haja a conscientização sobre formas adequadas de descarte e utilização de medicamentos, visando evitar consequências danosas para a saúde dos consumidores.
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