O presente texto refere-se a uma análise da vida das pensionistas do Colégio São José, uma instituição de ensino quase centenária da cidade de Pelotas/RS. Jovens pensionistas que eram formadas no lema: “pura, dura e segura”. Assim, ao caracterizarmos o funcionamento do internato, das práticas pedagógicas vigentes durante seu funcionamento, o cotidiano escolar, as disciplinas-saber e os manuais escolares utilizados, ensejamos compreender como era exercido o controle e disciplinamento destas jovens. Sendo que, para além das disciplinas-saber, aprendiam também boas maneiras, obediência, postura, canto e desenho. Portanto, para realizarmos a referida análise recorremos aos trabalhos de Foucault (1984), Forquin (1992) e Chervel (1998), entre outros, subsídios fundamentais para estudarmos como a cultura escolar, para além das relações de poder, plasmava esse modelo de educação.
O artigo tem como temática a pesquisa com crianças. Apresenta dados de uma investigação realizada entre os anos de 2017 e 2019, a partir da etnografia interacional e observação participante. O objetivo da pesquisa foi analisar as práticas de letramento em um grupo de estudos bíblicos, da Igreja Evangélica Pentecostal Casa de Oração, situada em uma comunidade rural no interior do Rio Grande do Sul. Neste texto, o foco foi na perspectiva de quem investiga, a fim de identificar os desafios, as possibilidades e as negociações estabelecidas no momento de entrada no campo empírico, a partir das escritas no diário de campo. Dentre os aspectos discutidos no texto, destacam-se as negociações e os ajustes que foram sendo feitos tanto no início, quanto no decorrer das observações; os indícios de rejeição e aceitação da pesquisadora pelas crianças; os movimentos realizados entre teoria e a realidade observada, visando conhecer e compreender o fenômeno investigado e buscando se despir de preconceitos. Aspecto esse que exigiu um exercício constante da pesquisadora, uma vez que, observou-se um choque cultural, causado pelo estranhamento quanto às práticas pentecostais. As falas das crianças permitem compreender como elas pensam, sentem e valorizam alguns aspectos da cultura compartilhada com adultos, no contexto que estão inseridas. Os significados que elas atribuem às palavras, geralmente estão vinculados ao contexto da Igreja Evangélica Pentecostal que elas vivenciam
Os autores problematizam, por meio deste artigo, a articulação de estratégias construídas pelos alunos da Educação Infantil do Colégio São José, na cidade de Pelotas/RS – crianças entre cinco e seis anos de idade –, para lidar com a noção de tempo em seu cotidiano. Com base na compreensão dos tempos físico, subjetivo e socialmente construído, buscamos apreender a lógica que as crianças utilizam na construção das estratégias para a percepção do tempo, por meio da pesquisa de uma atividade com fotografias, engendrada em antigas praças da cidade – estabelecendo-se um paralelo entre o ontem e o hoje desses cenários urbanos – e nas narrativas daí decorrentes.
Este estudo tem por objetivo analisar o corpo docente responsável por ministrar a disciplina de sociologia educacional e geral no curso normal de um colégio católico no sul do Brasil, entre os anos de 1940 e 1970. Baseado teoricamente em autores da História das Disciplinas Escolares, as fontes remetem ao arquivo escolar da instituição pesquisada. Os resultados apontam a vinculação do corpo docente com as premissas da Igreja e, consequentemente, de uma sociologia católica.
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