Resumo Recorte de uma pesquisa de mestrado, este artigo aborda os processos de militarização das escolas públicas brasileiras até dezembro de 2019. Para isso, apresenta-se um mapeamento indicando as respectivas unidades federativas das escolas, suas vinculações administrativas (municipais ou estaduais) e corpo militar responsável pela tutela da unidade após a militarização (polícia militar, corpo de bombeiro militar ou outro arranjo militarizado). Trata-se, portanto, de uma abordagem panorâmica, focada em exposição e análise nacional dos dados. A sistematização dos dados demonstra uma preponderância das escolas militarizadas nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Constata-se, portanto, que até 2019 se tratava de uma política mais difundida nas localidades mais pobres do país.
Partindo da problematização de enunciados que versam sobre a chancela da população goiana à militarização de escolas públicas da rede estadual, o estudo seleciona e categoriza textos publicados entre 2015 e 2018 no periódico goiano O Popular sobre a temática “escola militar”. A partir de chaves teóricas apresentadas por Bourdieu (2008; 1987), ele descreve e analisa os posicionamentos que ali emergem acerca do processo de militarização das escolas da rede pública estadual de Goiás. Para isso, utiliza-se o conceito de enunciados, em Bakhtin (1997), como elemento que compõe o discurso da opinião pública, cujas características tangem o senso comum sobre a educação e a política de militarização. Em seguida, busca-se compreender como tais posicionamentos são engendrados e articulados enquanto alicerces de uma suposta “opinião pública”. Assim, além do “olhar sociológico” prescrito por Bourdieu, o estudo utiliza chaves teóricas formuladas por Marx e Engels. Para discorrer sobre dinâmicas próprias do ambiente escolar, ele lança mão de Carvalho (2013) e Aquino (2014). Ao longo do texto apresentam-se possibilidades de compreensão das bases socioculturais que dinamizam os posicionamentos que a “opinião pública” manifesta. Ademais, o estudo possibilitou descrever o lugar social em que se operam os discursos que defendem a militarização da educação em Goiás.
As a cross-section of a master’s research project, this article presents and analyzes the militarization processes of Brazilian public schools until December 2019. To this end, it presents a mapping indicating the respective federative units of the schools, their administrative ties (municipal or state), and the military body responsible for guarding the unit after militarization (military police, military firefighter corps, or other militarized arrangement). This is, therefore, a panoramic approach focused on national exposition and analysis of the data. The systematization of the data shows a preponderance of militarized schools in the Northeast, Midwest, and North regions. It is found, therefore, that until 2019 it was a more widespread policy in the poorest localities of the country.
Partindo da problematização de enunciados que versam sobre a chancela da população goiana à militarização de escolas públicas da rede estadual, o estudo seleciona e categoriza textos publicados entre 2015 e 2018 no periódico goiano O Popular sobre a temática “escola militar”. A partir de chaves teóricas apresentadas por Bourdieu (2008; 1987), ele descreve e analisa os posicionamentos que ali emergem acerca do processo de militarização das escolas da rede pública estadual de Goiás. Para isso, utiliza-se o conceito de enunciados, em Bakhtin (1997), como elemento que compõe o discurso da opinião pública, cujas características tangem o senso comum sobre a educação e a política de militarização. Em seguida, busca-se compreender como tais posicionamentos são engendrados e articulados enquanto alicerces de uma suposta “opinião pública”. Assim, além do “olhar sociológico” prescrito por Bourdieu, o estudo utiliza chaves teóricas formuladas por Marx e Engels. Para discorrer sobre dinâmicas próprias do ambiente escolar, ele lança mão de Carvalho (2013) e Aquino (2014). Ao longo do texto apresentam-se possibilidades de compreensão das bases socioculturais que dinamizam os posicionamentos que a “opinião pública” manifesta. Ademais, o estudo possibilitou descrever o lugar social em que se operam os discursos que defendem a militarização da educação em Goiás.
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