A utilização de coberturas e subcoberturas confeccionadas com materiais alternativos podem contribuir no desempenho térmico de novas tecnologias sustentáveis da construção civil. A pesquisa tem por objetivo analisar comparativamente o desempenho térmico de dois tipos de cobertura (telha cerâmica capa canal e telhão de argamassa com fibras de sisal) e subcobertura (PVC e bambu Guadua paniculata), na cidade de Arapiraca-AL. Trata-se de uma pesquisa experimental na qual foram monitoradas as variáveis de temperatura do ar em células-teste construídas em alvenaria e com os dois sistemas de coberturas, sendo duas com aplicação de forro e uma sem. O monitoramento foi realizado em duas etapas do verão: fevereiro e dezembro de 2019. O registro da temperatura do ar foi realizado com dataloggers, com dados horários e contínuos nos três dias de monitoramento. A diferença de temperatura entre as coberturas chegou a 1,3°C às 12:00h no dia 07/12/19. Os forros possuíram desempenho semelhantes, principalmente no dia 26/02/19 às 12:00h com diferença de quase 1°C. Constatou-se que o bambu possui potencialidade de uso como forro em habitações no semiárido. Já o telhão se mostrou favorável apenas com a utilização das subcoberturas.

Este artigo objetivou avaliar o desempenho térmico de telhas de fibrocimento e cerâmica submetidas ao processo de envelhecimento natural em células-teste instaladas no Campus da Universidade Federal de Alagoas, em Arapiraca, no semiárido alagoano. A pesquisa experimental foi realizada a partir de registro de temperaturas superficiais das telhas e temperatura do ar no interior das células-teste. As imagens termográficas evidenciaram transformações no comportamento térmico das telhas, a partir da alteração no valor das absortâncias. Verificou-se que os processos de degradação natural das superfícies impactam no comportamento térmico das telhas, influenciando consequentemente no desempenho térmico das edificações