Bothrops cotiara (GOMES, 1913) pode ser encontrada desde São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. Diversas toxinas já foram isoladas de venenos botrópicos, mas pouco se sabe sobre enzimas proteolíticas obtidas a partir do veneno de B. cotiara. Por essa razão, a caracterização de tais moléculas se faz importante. A atividade proteolítica foi medida usando caseína como substrato e por zimograma em SDS-PAGE contendo gelatina. Os resultados mostraram baixa atividade caseinolítica (7,5 U/ mg) se comparada com a de outros venenos botrópicos, mas esta baixa atividade também é encontrada no veneno de outras espécies do grupo alternatus. O zimograma mostrou maior atividade por proteínas na faixa de aprox. 95 Kda que foi inibida totalmente por EDTA (10 mM) e parcialmente pelo inibidor de serinoprotease PMSF (5 mM). Cromatografia de filtração em gel de Sephadex G-100 (130 x 2 cm) resultou em dois picos principais, com atividade proteolítica apenas no primeiro (P1). Tal fração apresentou cinética enzimática pela variação do substrato e de temperatura semelhante ao veneno bruto. Os resultados sugerem a purificação parcial de uma metaloprotease.
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