O uso de aveia preta (Avena strigosa) como espécie de cobertura de solo no inverno causa imobilização do nitrogênio (N), que reduz o desenvolvimento da planta e o rendimento de grãos de milho cultivados em sucessão. Desta forma, o consórcio de aveia preta com espécies leguminosas como ervilhaca comum (Vicia sativa) e com brassicáceas, como nabo forrageiro (Raphanus sativus), visa a aumentar a disponibilidade de N no sistema e o tempo de permanência de resíduos na superfície do solo. Foram conduzidos dois experimentos em Eldorado do Sul-RS, nas estações de crescimento 2001/2002 e 2002/2003. O primeiro experimento teve o objetivo de avaliar o efeito de três espécies de cobertura de solo no inverno, implantadas de forma isolada e consorciadas, sobre o rendimento de grãos de milho em sucessão, com e sem aplicação de N em cobertura. O segundo experimento, por sua vez, visava a determinar a proporção mais adequada de sementes de nabo forrageiro e de aveia preta em consórcio para maior benefício ao milho em sucessão, sob diferentes níveis de N em cobertura. No primeiro experimento, os tratamentos constaram da aplicação de 150kg ha-1 de N no milho em cobertura, de uma testemunha sem aplicação deste nutriente e de sete sistemas com plantas de coberturas de solo no inverno. No segundo experimento, os tratamentos constaram da aplicação de dois níveis de N (75 e 150kg ha-1) no milho, de uma testemunha sem aplicação de N em cobertura e de cinco sistemas de coberturas de solo no inverno. Nos sistemas consorciados, independentemente da proporção de sementes utilizada, o nabo forrageiro contribuiu com a maior parte do rendimento total de matéria seca. O consórcio de ervilhaca comum ou de nabo forrageiro com aveia preta minimiza o efeito negativo desta espécie sobre o rendimento de grãos de milho em sucessão, especialmente em sistemas com menor disponibilidade de N e, mesmo sob alto nível de N, o rendimento de grãos de milho também aumenta quando em sucessão à ervilhaca.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho agronômico e econômico do milho em cinco níveis de manejo e três épocas de semeadura. O experimento foi conduzido nos anos agrícolas 2001/2002 e 2002/2003, em Eldorado do Sul, RS, Brasil. Os tratamentos constaram de três épocas de semeadura (agosto, outubro e dezembro) e cinco níveis de manejo (baixo, médio, alto, potenciais I e II), diferenciados quanto à espécie de cobertura do solo no inverno, à cultivar, ao arranjo de plantas, ao nível de adubação química, ao regime hídrico e ao controle de plantas daninhas, pragas e doenças. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, dispostos em parcelas subdivididas, com quatro repetições. O fator época de semeadura foi locado na parcela principal e os níveis de manejo, na subparcela. Com a melhoria das práticas de manejo e adoção de cultivares com maior potencial produtivo, houve maior rendimento de grãos nas semeaduras de agosto e de outubro, o que propiciou maior retorno econômico, principalmente na semeadura de outubro. Em dezembro, não ocorreu retorno econômico ao maior investimento realizado em manejo. Em agosto e outubro, foi possível associar as máximas eficiências técnica e econômica, por meio do aumento do nível de manejo e da escolha de cultivar com maior potencial de rendimento.
RESUMOO monitoramento do nível adequado de nitrogênio (N) na planta de milho tem como objetivo diagnosticar a necessidade ou não de sua aplicação, visto que o emprego de altas doses deste nutriente pode contaminar as águas superficiais e subterrâneas com nitrato. O objetivo deste trabalho foi avaliar o teor de clorofila na folha, medido por meio do clorofilômetro como indicador do nível de N na planta de milho, em quatro estádios de desenvolvimento. Um experimento foi realizado no município de Eldorado do Sul, na região fisiográfica da Depressão Central do estado do Rio Grande do Sul, no ano agrícola de 1999/2000. Os tratamentos constaram de dois híbridos de milho (Pioneer 32R21 e Premium) e de oito sistemas de manejo de N em cobertura. As variáveis avaliadas, rendimento de grãos, teor e acúmulo de N na folha e na planta, nos sistemas monitorados com o clorofilômetro, não diferiram em relação aos sistemas padrões em que o N foi aplicado, independentemente das leituras efetuadas. Com o monitoramento do nível de N na planta do híbrido Pioneer 32R21, houve redução de aplicação de 50, 100 e 150 kg ha -1 de N, respectivamente, nos sistemas S3, S4 e S5 e, no híbrido Premium, de 150 kg ha -1 de N, no sistema S5, sem influir no rendimento de grãos de milho. Portanto, o monitoramento do nível de N na planta de milho por meio do valor correspondente do teor de clorofila na folha, obtido pelo clorofilômetro, evidenciou ser eficiente método para separar plantas com deficiência e com nível adequado deste nutriente.
RESUMOA determinação do potencial de rendimento do milho em ambientes contrastantes é importante para identificar fatores limitantes ao incremento da produção. Este trabalho foi conduzido objetivando determinar o efeito do ambiente sobre o potencial de rendimento do milho, em diferentes sistemas de produção. Foram conduzidos dois experimentos: o primeiro em Eldorado do Sul, RS (30º05' S, 46 metros de altitude); o segundo em Lages, SC (27º52' S, 930 metros de altitude). Em cada local avaliou-se cinco sistemas de produção (S), equivalentes a diferentes níveis tecnológicos e expectativas de rendimento. S1, S2 e S3 representaram baixo, médio e alto nível de manejo, respectivamente. S4 e S5 foram sistemas propostos objetivando potencializar o rendimento de grãos. Os rendimentos variaram de 3,0 a 15,0 t.ha -1 em Eldorado do Sul e de 3,2 a 15,9 t.ha -1 em Lages. Não houve diferenças entre ambientes no rendimento de grãos obtido em S1 e S2. Os rendimentos registrados em Lages foram 0,9 t.ha -1 maiores do que em Eldorado do Sul em S4 e S5. O efeito do ambiente sobre a performance agronômica do milho é mais importante quando são utilizadas práticas de manejo que possibilitem altos tetos de rendimento. Nestas condições, Lages apresenta maior potencial para obtenção de produtividades elevadas do que Eldorado do Sul, devido a maior relação entre radiação disponível por unidade térmica de desenvolvimento no início do enchimento de grãos.Palavras-chave: Zea mays, potencial produtivo, sistema produtivo. ABSTRACTThe determination of maize yield potential under different environmental conditions is important to identify limiting factors to improve crop productivity. This experiment was conducted aiming to determine the effects of the environment on maize grain yield at five production systems. The trials were conducted in Eldorado do Sul (30º05' S, 46 meters above sea level) and Lages (27º52' S, 930 meters above sea level). Both experimental sites were located in Southern Brazil. Five cropping systems (S) were tested at each place. S1, S2 and S3 corresponded to low, medium and high input management systems, respectively. S4 and S5 were systems established to maximize maize productivity. Grain yield ranged from 3.0 to 15.0 t.ha -1 in Eldorado do Sul and 3.2 to 15.9 t.ha -1 in Lages. No difference in grain yield between experimental sites was observed for S1 and S2. Conversely, maize productivity was 0.9 ton ha -1 higher in Lages than in Eldorado do Sul for S4 and S5. The environment effect on maize agronomic performance is more important when growers use management practices that allow them to accomplish high grain yield. Under these conditions, Lages presents greater potential to reach high yield plateau than Eldorado do Sul, due to its larger relation between the available radiation per thermal unit during maize early grain filling.
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