Introdução: A urolitíase acomete cerca de 15% da população mundial e representa um alto custo social, pois afeta a população em sua fase mais produtiva. Estudos têm chamado atenção para o risco elevado de reincidência da urolitíase e para os fatores que podem desencadeá-la. Objetivos: O presente estudo objetivou analisar a incidência e reincidência da urolitíase em pacientes submetidos à cirurgia para retirada de cálculos urinários em um hospital quaternário no sul de Minas Gerais. Métodos: Foi realizado um estudo observacional, descritivo, transversal e retrospectivo, a partir de 251 prontuários de pacientes submetidos à cirurgia para retirada de cálculos urinários em um período de 15 anos e 7 meses. Nos prontuários, foram colhidos os seguintes dados: presença de comorbidades e complicações com descrição das mesmas; tipo de cirurgia; anestesia; implantação de cateter duplo J; convênio; localização do cálculo; exames complementares; recorrência de cálculos; localização dos cálculos recorrentes; tipo de cirurgia para retirada dos cálculos recorrentes; tempo decorrido entre a primeira e a segunda cirurgia e exames complementares realizados. Resultados: 21,1% dos pacientes apresentaram recorrência dos cálculos e foram submetidos a uma nova cirurgia. A localização vesical e a nefrolitotripsia como primeira cirurgia influenciaram de forma relevante a recorrência. Conclusão: A urolitíase apresenta elevada recorrência; fatores inerentes à localização dos cálculos e ao procedimento cirúrgico podem influenciar essa ocorrência.