Objetivou-se analisar a variabilidade temporal da precipitação pluviométrica na região das ottobacias dos Rios Itapemirim, Benevente e Itabapoana, sul do Espírito Santo, identificando assim os períodos secos e chuvosos por meio do Índice de Anomalia de Chuva. Foram selecionadas 10 estações pluviométricas pertencentes ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), cuja a extensão da série foi de 1991 a 2020. Foram identificados em todas as estações períodos com anomalias positivas e negativas. Destaca-se as estações Vila Nova Maravilha, Ibitirama e Domingos Martins (DNOS) que foram classificadas como extremamente secas nos últimos anos. Em contra partida, as estações Ponta da Fruta, Fazenda Monte Alegre, Santa Cruz – Caparaó e Burarama apresentam uma condição hídrica mais favorável, de maneira geral, ocorre alternância entre anos com anomalias positivas e negativas. Foi identificado um possível “ponto de inflexão” em 2015, a partir do qual ocorre uma provável mudança no padrão de chuvas, quando se analise o Índice de Anomalia de Chuva médio. A precipitação média anual da região foi de 1466,4 mm, com variações entre 975,6 mm (estação Domingos Martins (DNOS), zona natural seca – sudeste da ottobacia do Rio Itapemirim) a 2010,1 mm (estação Vila Nova Maravilha, zona natural chuvosa – sudoeste da ottobacia Rio Benevente). Destaca-se a estação Burarama (região central da ottobacia do Rio Itapemirim) que apesar de localizada na zona natural seca, apresentou o segundo maior total precipitado (1659,6 mm). Os meses de fevereiro, abril, maio, junho, julho e setembro, apresentaram totais precipitados inferiores à média da região, cujo valor foi de 122,2 mm.
Os atuais problemas socioambientais conquistaram um espaço de grande relevância entre os assuntos discutidos em nossa sociedade por serem causados em sua maior parte pela intervenção humana e por ameaçarem o equilíbrio ecológico do planeta e a existência de diversas formas de vida. Logo, hábitos e práticas de consumo sustentáveis poderão ocasionar a diminuição da quantidade de bens adquiridos e de resíduos gerados pós-consumo, contribuindo para a preservação ambiental. Nesse sentido, o biodiesel se apresenta como uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis por ser considerado um combustível biodegradável, derivado de fontes renováveis como óleos vegetais puros ou já utilizados e de gordura animal. Assim, considerando a importância destas organizações que produzem biodiesel para a sustentabilidade no âmbito ambiental e social, este estudo buscou descrever como uma organização que produz biocombustíveis coloca em prática a responsabilidade socioambiental nas comunidades onde atua. Para isso, realizou-se uma pesquisa de abordagem qualitativa do tipo estudo de caso na qual se entrevistou o Gestor (sócio administrador) de uma pequena empresa que produz biocombustíveis estabelecida em um município localizado na região Sul de Minas Gerais. Utilizou-se como método de coleta de dados a entrevista semiestruturada e para análise, o método de categorização de dados. Ao final, constatou-se práticas significativas como a implantação de um processo produtivo que prioriza os princípios da ecoeficiência, o trabalho junto ao poder público para o estabelecimento de medidas voltadas para o descarte consciente do óleo vegetal e animal na região e ações para a sensibilização das comunidades. Percebeu-se ainda, ao analisar os relatos do Gestor entrevistado, que esta organização privilegia o paradigma integrador da sustentabilidade que busca o crescimento econômico sem causar grandes impactos ao meio ambiente.
A ocorrência de eventos extremos de precipitação no Estado do Rio de Janeiro, reforçam a importância de estudos relacionados a estes acontecimentos, principalmente quando se pensa no dimensionamento de obras hidráulicas. Neste sentido, foram ajustadas as distribuições de probabilidades Normal (N), Log-Normal a 2 parâmetros (LN) e Gumbel para Máximos (GM), aos dados de precipitação máxima diária anual de 6 estações distribuídas ao longo do Estado do Rio de Janeiro, totalizando 28 anos de dados. Os dados foram obtidos junto à Rede Nacional de Observações Meteorológicas de Superfície do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Após o ajuste, foram estimadas as precipitações máximas diárias para diferentes tempos de retorno. A aderência das distribuições foi avaliada pelo Teste de Qui-Quadrado. Os resultados mostraram que todas as distribuições foram adequadas. A distribuição GM foi a que melhor se ajustou em todas as estações, com exceção das estações Avelar e Itaperuna, onde a melhor distribuição foi a LN. Os maiores volumes de precipitação máxima diária estimados aconteceram nas estações de Avelar, Resende e Rio de Janeiro, cujos valores são superiores à 200 mm para um tempo de retorno de 500 anos, evidenciando a potencialidade de tragédias relacionadas a eventos extremos de precipitação nestas regiões. As menores precipitações máximas diárias ocorreram nas estações de Campos e Cordeiro, com valores entre 130,70 mm e 199,17 mm, para tempos retorno de 25 e 500 anos, respectivamente, na estação de Itaperuna, para os mesmos tempos de retorno, a precipitação máxima diária variou entre 114 mm a 148 mm.
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