ResumoEsse trabalho se baseia em um constructo no qual a "decolonialidade" é a chave para a consolidação de outras visões sobre nossa autoformação e aprendizagens possíveis a partir das proposições que saem das configurações de resistência antirracista. Ganha centralidade as pedagogias decoloniais por fazerem parte de uma visão educacional emergente e que será mais bem compreendida quando alinhada aos estudos desenvolvidos no diálogo com os movimentos sociais na região conhecida como América latina. O intuito é discutirmos sobre as aprendizagens possíveis a partir do que nos é próprio. Apoiamo-nos em um amplo espectro de aportes que favoreceram o desentranhamento de um conjunto de saberes legitimados socialmente e que têm sustentado a crítica decolonial para propor outros modos de pertencimento. Sugerimos o enfrentamento de problemas relacionados com as diversas operações que facilitaram a configuração de um novo universo de relações intersubjetivas de dominação entre Europa e as demais regiões do mundo. Entendemos, com Catherine Walsh e Aníbal Quijano, que o pensamento 1 Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu/ UNIRIO). Trabalha a partir da crítica pós-colonial investigando as agendas dos movimentos sociais e suas propostas no Brasil e na Colômbia. O foco está no cruzamento de temas relacionados ao currículo e à diversidade cultural no âmbito da América Latina.
Esse trabalho se baseia em um constructo no qual a “decolonialidade” é a chave para a consolidação de outras visões sobre nossa autoformação e aprendizagens possíveis a partir das proposições que saem das configurações de resistência antirracista. Ganha centralidade as pedagogias decoloniais por fazerem parte de uma visão educacional emergente e que será mais bem compreendida quando alinhada aos estudos desenvolvidos no diálogo com os movimentos sociais na região conhecida como América latina. O intuito é discutirmos sobre as aprendizagens possíveis a partir do que nos é próprio. Apoiamo-nos em um amplo espectro de aportes que favoreceram o desentranhamento de um conjunto de saberes legitimados socialmente e que têm sustentado a crítica decolonial para propor outros modos de pertencimento. Sugerimos o enfrentamento de problemas relacionados com as diversas operações que facilitaram a configuração de um novo universo de relações intersubjetivas de dominação entre Europa e as demais regiões do mundo. Entendemos, com Catherine Walsh e Aníbal Quijano, que o pensamento decolonial assume o desafio de construir atalhos que inspiram a rebeldia e a desobediência por sugerir opções fronteiriças quando se trata de garantir a pluralidade, bem como outros lugares de conversa.
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