O fenômeno born global tem sido relatado, principalmente em setores de alta tecnologia, e tem requerido novos entendimentos teóricos sobre a atuação internacional de empresas nascentes e pequenas. Este artigo analisa a relação dos fatores do ambiente externo da empresa no país de origem, fatores organizacionais e fatores do empreendedor pelos quais algumas empresas de base tecnológica (EBTs) se internacionalizam de maneira acelerada. Um survey foi aplicado a EBTs brasileiras. Ao final da coleta de dados, a primeira base de dados gerada continha 214 respostas, das quais 85 foram obtidas de empresas com algum tipo de negócio no exterior, 39,7%. Destes, 54 questionários foram considerados válidos para esta pesquisa. Os dados foram analisados utilizando-se técnicas estatísticas de regressão logística. Os resultados mostram que os fatores externos à empresa influenciam mais na internacionalização das EBTs em relação aos fatores internos. A integração em cadeias produtivas globais e as habilidades gerenciais internacionais do empreendedor aparecem como os fatores que melhor discriminam a internacionalização das EBTs born globals. Portanto, esta pesquisa contribui para a discussão do processo de internacionalização acelerada das EBTs, contribuindo para suprir a lacuna da importância dos fatores externos, internos e do empreendedor no processo de internacionalização dessas empresas.
O artigo se propôs a analisar o papel da inovação na internacionalização das empresas brasileiras de médio porte que atuam no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Para atingir este objetivo, foi realizada uma pesquisa qualitativa de natureza descritiva e como método utilizou-se o estudo de múltiplos casos, no qual foram pesquisadas em profundidade a Light Infocon e a Dígitro. Os principais resultados da pesquisa revelaram empresas com trajetórias de internacionalização diferentes, mas cujas atividades de inovação possuem papel essencial para a entrada e atuação no mercado externo. Os resultados mostraram também a importância de atividades inovadoras cooperativas por meio de alianças com universidades, institutos de pesquisa e outras empresas, além do apoio do governo, por meio de financiamento. Uma contribuição adicional do trabalho foi a análise do processo de internacionalização de empresas brasileiras inovadoras de médio porte de setores de alto conteúdo tecnológico, uma vez que a maior parte dos estudos sobre internacionalização no Brasil foca grandes empresas industriais já estabelecidas há décadas no mercado nacional e de setores de baixa intensidade tecnológica.
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