O padrão alimentar vegetariano, por possuir um maior aporte de constituintes cardioprotetores, tais como fibras alimentares; ácidos graxos insaturados, como os monoinsaturados das castanhas e nozes e do azeite de oliva, têm sido associado a menores prevalências de dislipidemias. Com o objetivo de investigar se a dieta vegetariana contribui para a melhora do perfil lipídico, foi realizada uma revisão bibliográfica nas bases de dados PubMed (US National Library of Medicine) e portal SciELO (The Scientific Electronic Library Online), utilizando publicações mais recentes, nos idiomas inglês e português. Os estudos analisados observaram uma diminuição do peso corporal, associada à diminuição das taxas de LDL, CT e TG e uma maior redução do índice de massa corporal (IMC) em vegetarianos quando comparados à indivíduos em dieta onívora. Sendo a obesidade um dos fatores de risco significativos para doenças cardiovasculares (DCV), o IMC médio substancialmente mais baixo, observado em vegetarianos, pode ser um importante fator de proteção para diminuir a concentração de lipídios no sangue e reduzir o risco DCV. A partir da análise dos estudos disponíveis na literatura, observou-se uma influência positiva da dieta vegetariana sobre a melhora do perfil lipídico da população analisada. Além disso, a dieta vegetariana parece estar associada a uma menor taxa de desenvolvimento de doenças crônicas e quando acompanhada por profissionais nutricionistas, apresenta melhor aderência e adequação.