O estudo teve como objetivo analisar o processo de trabalho das equipes de saúde bucal no Estado de Pernambuco, Brasil, segundo porte populacional, enfocando a articulação junto à comunidade e a organização do atendimento clínico. Foram aplicados questionários estruturados a 121 equipes de saúde bucal de 29 municípios. Para verificar a associação entre as ações realizadas e o porte populacional dos municípios, utilizou-se o teste qui-quadrado. Na integração das equipes com a comunidade, observou-se o maior foco nas escolas (81,2%), entretanto a integração com igrejas (p = 0,000) e creches (p = 0,000) demonstrou associação com os municípios de grande porte. A forma de organização do atendimento clínico evidenciou a atenção aos grupos prioritários (82,3%), sendo ainda bastante presente a marcação por demanda espontânea, principalmente nos municípios de pequeno porte. Assim, é necessário investir em educação permanente para a adequação dos processos de trabalho realizados pelas equipes e a redução das diferenças entre as práticas realizadas nos diversos municípios de Pernambuco.
ResumoEste estudo teve como objetivo analisar a assistência à saúde bucal no Estado de Pernambuco, com base em seus indicadores, segundo às variáveis porte populacional, proporção da população cadastrada e relação entre as equipes de saúde da famí-lia e equipes de saúde bucal. Para isso, foram utilizados dados secundários obtidos do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA/SUS), Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB), utilizando os testes estatísticos ANOVA e Kruskal-Wallis para análise dos dados. Os resultados mostraram que o porte populacional dos municípios demonstrou estar relacionado com o desempenho de alguns indicadores: municípios de grande porte apresentaram menores valores para proporção de exodontias (p=0,0006). A organização das equipes de saúde bucal foi outro aspecto discutido neste estudo, observando-se que quanto maior a cobertura e quando a relação entre as equipes era 1:1, mais favoráveis eram os indicadores de primeira consulta odontológica, escovação supervisionada, média de procedimentos odontológicos individuais e proporção de exodontias, todos apresentando diferenças estatisticamente significantes (p<0,05). Dessa forma, pode-se concluir que aspectos demográficos, de cobertura da estratégia e de relação proporcional das equipes influenciam o desempenho de indicadores em saúde bucal em municípios do Estado de Pernambuco.Palavras-chave: saúde bucal; odontologia em saúde pública; serviços de saúde bucal; avaliação em saúde; Programa Saúde da Família.
AbstractThis study aimed to analyze the oral health care in the state of Pernambuco, from its indicators, according to variable population size, proportion of the population registered teams and the relationship between family health and oral health teams. For this, we used secondary data obtained from the Outpatient Information System (SIA/SUS), National Registry of Health (CNES) and Information System of Primary Care (SIAB), using the ANOVA and Kruskal-Wallis test for data analysis. The results showed that the population size of cities has shown to be related to the performance of some indicators: large cities had lower values for Análise dos indicadores de saúde bucal do Estado de Pernambuco: desempenho dos municípios segundo porte populacional, população cadastrada no Sistema de Informação da Atenção Básica e proporção na Estratégia Saúde da Família
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