Analisar as características epidemiológicas, similaridades e diferenças da influenza A(H1N1)pdm09 e da COVID-19 no estado do Pará, Brasil. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, com dados sobre casos e óbitos de influenza A(H1N1)pdm09 coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, referentes ao período de junho de 2009 a maio de 2010, e de COVID-19, na Secretaria de Saúde do Estado do Pará, referentes ao período de março a julho de 2020, com a última data da coleta realizada em 10 de julho de 2020. RESULTADOS: Até o momento da coleta dos dados, o Pará apresentava 124.934 casos confirmados para COVID-19, enquanto a influenza pandêmica apresentou 783. Indivíduos entre 30 e 39 anos (24,95%) foram os mais afetados pela COVID-19, com taxa de óbito maior em idosos (74,00%), enquanto o vírus Influenza A(H1N1)pdm09 atingiu mais crianças e jovens de 10 a 19 anos de idade (31,42%), com maior mortalidade entre 20 e 29 anos (26,83%). Por fim, a COVID-19 teve uma distribuição de casos mais dispersa no estado comparada à pandemia de influenza A(H1N1)pdm09. CONCLUSÃO: Tais achados destacam que o cenário relatado sobre a pandemia de influenza A(H1N1)pdm09 no Pará reflete a necessidade de modificação no planejamento estratégico que deve ser implementado frente à pandemia de COVID-19, em vista do acometimento em públicos distintos e suas diferenças fisiopatológicas.
Introdução:No mundo, estima-se que cerca de 1,8 milhões de gestantes estejam infectadas por sífilis, apesar de apenas 10% desse valor sejam diagnosticados e devidamente tratados. Nesse sentido, o presente estudo tem por objetivo descrever a evolução temporal da incidência dos casos e das taxas de mortalidade por sífilis congênita (SC) em menores de 1 ano, bem como comparar o impacto dessa mortalidade por regiões do Brasil, entre 2009 e 2018. Métodos:Trata-se de um estudo ecológico, retrospectivo, com dados do Sistema de Informação e Agravos de Notificação (SINAN), Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC). Resultados:A incidência de SC em indivíduos menores de 1 ano apresentou um acréscimo de 328,57% nas taxas notificadas entre 2009 (2,1/1.000) e 2018 (9/1.000). A média anual de incidência (β 1 ) por SC foi de 0,80 (IC95% 0,75-0,86; p=00006), com um coeficiente de determinação (R 2 ) igual a 0,99%. A variação média da taxa de mortalidade por SC (β 1 ) foi 0,006/1.000 (IC95% 0,005-0,008; p=0,00004, R 2 = 0,93%). A região Sudeste apresentou a maior proporção de mortalidade pela doença entre menores de 1 ano por SC, com 43,14% dos óbitos.Conclusão: Foi observada uma correlação positiva da incidência e da mortalidade por SC entre menores de 1 ano no Brasil ao longo dos anos analisados, sendo perceptível elevadas taxas entre as cincos regiões geográficas, sugerindo a necessidade de maior atenção à triagem no pré-natal e melhorias na capacitação dos serviços de saúde.
Introduction: Congenital Syphilis (CS) is a systemic infectious disease caused by the bacterium spirochete Treponema pallidum, of vertical transmission, trans placentally, resulting from the non-treatment or inadequate treatment of infected mothers, thus determining alarming numbers in the national territory, as in Belém City (Pará State). Objective: To analyze the epidemiological profile and incidence rate of CS in Belém, Pará. Methods: Quantitative, ecological, and descriptive study, conducted based on data available on DATASUS/TABNET from 2009 to 2018. Results: A total of 1,109 cases of CS were reported in Belém City. The mean incidence rate in this period was 5.4/1000 live births. As for newborns, 1,031 (92.97%) were diagnosed in the first week of life, 499 (45.00%) were male, 742 (66.91%) were pardo, and 860 (77.55%) classified as CS. Regarding maternal characteristics, the age group was inadequately filled in 100% of notifications, 476 (42.92%) had their level of education ignored at the time of filling out the forms, 768 (69.25%) underwent prenatal care, 490 (44.19%) were diagnosed with congenital syphilis at the time of delivery/curettage, and 636 (53.35%) reported no partner treatment. Conclusion: The profile studied showed an incidence rate above the parameters established for control, reflecting the increase in social inequalities, the lack of information about the disease, failure to register health organs, especially on the maternal age analyzed, low prevalence in the appropriate treatment of pregnant women’s partners, resonating the need for improvements in the notification system.
Os autoresEste trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons -Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.O conteúdo abordado nos artigos, seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores.
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