A eletroquimioterapia é caracterizada como um protocolo que agrega o uso de fármacos antineoplásicos à aplicação regional de pulsos elétricos, maximizando a concentração intracelular destes agentes, assim propiciando maior ação citotóxica dos mesmos. A bleomicina, um antimicrobiano dotado de propriedade antineoplásica, demonstra restrição no transporte através da membrana celular, dada sua composição molecular hidrofílica. Todavia, uma vez administrada via intralesional ou endovenosa associada à eletroporação, exibe citotoxicidade potencializada. Foram utilizados neste estudo 34 cães acometidos por neoformações solitárias de origem epitelial ou mesenquimal, situadas em pele ou membranas mucosas. Padronizou-se o protocolo eletroquimioterápico empregando-se sulfato de bleomicina, pela via intralesional, na dose de 1 U/cm³ de tumor. A eletroporação foi perfilada com eletrodo composto por agulhas, pulsos elétricos com tensão de 1000 V, em onda quadrada unipolar, com duração de 100 microsegundos, totalizando-se oito ciclos. Constatou-se remissão neoplásica integral em 30 cães (88,3%) e refratariedade ao protocolo em apenas quatro animais (11,7%). Inexistiram complicações e/ou efeitos adversos decorrentes do procedimento. O protocolo neste trabalho estudado revelou-se aplicável, eficaz e seguro na terapêutica antineoplásica em cães.
A eletroquimioterapia compreende a utilização conjunta de fármacos antineoplásicos e aplicação regional de pulsos elétricos (eletroporação), maximizando a concentração intracelular destes fármacos, assim propiciando maior ação citotóxica. A bleomicina, fármaco antimicrobiano dotado de propriedade antineoplásica, apresenta restrita penetrabilidade na membrana celular, dada a sua hidrossolubilidade. Todavia, uma vez administrada via intralesional ou intravenosa associada à eletroporação, demonstra citotoxicidade potencializada. Foram utilizados 21 felinos acometidos por carcinoma de células escamosas tegumentar. Padronizou-se o protocolo eletroquimioterápico empregando-se sulfato de bleomicina, pela via intravenosa, na dose de 15U/m 2 de superfície corpórea. A eletroporação foi perfilada com eletrodo composto por agulhas, pulsos elétricos com tensão de 1000 V, em onda quadrada unipolar, com duração de 100 microsegundos, totalizando oito ciclos. Verificou-se remissão neoplásica integral em 21 felinos inclusos no estudo (100%). Inexistiram complicações e/ou efeitos adversos decorrentes do procedimento. O protocolo avaliado neste trabalho revelou-se exequível, eficaz e seguro na terapêutica antineoplásica de carcinoma de células escamosas tegumentar felino.
O artigo não apresenta resumo.
Considerando-se as particularidades anatômicas e funcionais do fígado e a dificuldade da realização de procedimentos cirúrgicos eficientes quanto a hemostasia, estudou-se comparativamente os efeitos de dois adesivos cirúrgicos, gelatina-resorsina-formaldeído e n-butil-2-cianoacrilato, como métodos auxiliares na síntese do órgão. A metodologia utilizada determinou rigoroso acompanhamento clínico dos animais estudados, assim como realização de análises macro e microscópica de feridas cirúrgicas experimentalmente induzidas, quanto à evolução do processo cicatricial. Os resultados obtidos demonstraram hemostasia rápida e eficiente em ambos grupos, e alterações celulares e teciduais mais significativas no grupo tratado com n-butil-2-cianoacrilato, quando comparadas àquelas observadas nos grupos controle e gelatina-resorcina-formaldeído. Em relação à proposição estudada, o composto gelatina-resorsina-formaldeído apresentou-se como método alternativo de escolha a ser utilizado nos casos cujas suturas aplicadas isoladamente não proporcionem hemostasia satisfatória.
Estudar cães portadores de otite externa, buscando detectar fatores predisponentes e microrganismos envolvidos na etiopatogênese dessa afecção. Material e Método: Quarenta animais (30 com otite externa e lO sem a doença) provenientes do Serviço de Clínica Médica do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Paulista, São Paulo, SP, Brasil, foram submetidos a exame otológico físico prévio. Amostras de secreção ótica foram colhidas do conduto auditivo externo com escovas ginecológicas, procedendo-se posterior análise citológica nesses materiais, com auxílio de três técnicas distintas de coloração. Resultados: Dentre os pacientes com otite, encontraram-se 60% de cães com raça definida, 60% de fêmeas, 74% com idade igualou superior aos quatro anos, 60% com pelagem curta e 80% com orelhas pendulares. O método de Gram mostrou-se eficaz na pesquisa de bactérias e fungos, e as técnicas de Papanicolaou e Rosenfeld mais adequadas à observação de células epiteliais, inflamatórias e eritrócitos. O microrganismo mais verificado nas extensões produzidas a partir de ouvidos doentes foi Malassezia sp (63,3%). Conclusões: Os resultados indicam que dados colhidos na anamnese e no exame físico, aliados às informações fornecidas pelo estudo citológico de secreções óticas são eficientes para a caracterização de elementos relacionados à etiopatogênese da otite canina.
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