SILVA IGD, CRUZ GMGD. Cirurgia no câncer colorretal -abordagem cirúrgica de 74 pacientes do SUS portadores de câncer colorretal em programa de pós-graduação lato sensu em coloproctologia. Rev bras Coloproct, 2011;31(1): 44-57. RESUMO: A análise retrospectiva de 74 prontuários de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), operados de câncer colorretal peloResidente R2 supervisionado e auxiliado por preceptores, permitiu as seguintes conclusões: a média etária dos pacientes foi 57,2, sendo as sexta e sétima décadas responsáveis por 51,4% dos pacientes. O câncer retal foi preponderante nas mulheres (54,1%). As localizações mais comuns dos tumores foram no sigmoide (31,1%), reto alto (24,3%) e ceco (17,6%). As cirurgias mais realizadas foram a retossigmoidectomia com anastomose colorretal (36,6%), e hemicolectomia direita com anastomose íleo-transverso (21,7%). As características anatômicas dos tumores, baseadas na classificação TNM, mais comuns foram: T3 (62,1%), N0 (59,5%) e M0 (77,0%) (p<0,05). O nú-mero médio de gânglios encontrados nas peças cirúrgicas foi de 10,4. Foram feitas 63 anastomoses (85,1%), das quais 38 (60,3%) foram mecânicas e 25, manuais (39,7%). Houve 14 comorbidades (18,9%), destacando-se a caquexia (oito casos). O índice de complicações cirúrgicas foi de 12,2% (nove casos), sendo as cirurgias que mais causaram complicações as colectomias totais com anastomose íleo-retal (40,0%) e as retossigmoidectomias abdominais, com duplo grampeamento (20%), sendo as complicações mais comuns as fístulas anastomóticas (cinco casos). As complicações (nove) decorreram mais das comorbidades (sete) que do ato cirúrgico (duas). As cirurgias que demandaram menos tempo foram: as laparotomias com ileostomia (média de 75 minutos) e as com colostomia (média de 95 minutos), sendo os maiores tempos ocupados pela proctocolectomia total com ileostomia definitiva (240 minutos) e as hemicolectomias esquerdas com anastomose transverso-retal (240 minutos), sendo o tempo médio equivalente a 160 minutos. As menores peças cirúrgicas foram as decorrentes da cirurgia de Hartmann (29 cm) e de retossigmoidectomia abdominal (32 cm); e as mais extensas, as peças de colectomia total com anastomose íleo-retal (120 cm) e proctocolectomia total com ileostomia definitiva (150 cm), ficando a média em 34,5. Houve 12 óbitos (16,2%), dois dos quais diretamente relacionados à cirurgia (um caso de deiscência de anastomose e um de evisceração); três relacionados à complicações de ordem clínica (dois casos de TEP e um de broncopneumonia); e sete comorbidades.Palavras-chave: câncer colorretal; cirurgia colorretal; câncer; SUS. Cirurgia no câncer colorretal -abordagem OBJETIVOProceder a uma revisão criteriosa de uma casuís-tica de 11 meses (2009), de 74 pacientes operados do câncer colorretal, sendo todos os pacientes do SUS e operados pelo Residente R2, sempre auxiliado por um ou dois preceptores. MATERIAIS E MÉTODOSOs prontuários dos pacientes foram minuciosamente revisados, dando-se absoluta atenção aos seguintes dados: idade; gênero; nome do cir...
Os autores analisaram, retrospectivamente, uma análise de 504 colonoscopias ambulatoriais, realizadas no período de junho de 2008 a maio de 2009, no Centro de Especialidades Médicas da Santa Casa de Belo Horizonte, pelo Grupo de Coloproctologia da Santa Casa de Belo Horizonte e Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (CPG). Dentre as observações retiradas do estudo, merecem destaques especiais as análises de sexo, faixas etárias, especialidade dos médicos solicitantes, indicações de colonoscopias, preparo intestinal utilizado, altura atingida pela colonoscopia, achados colonoscópicos e complicações do exame. Quanto ao sexo, 67% (337) eram mulheres e 33% (167) homens, e quanto às faixas etárias, sobressaiu a sexta (130 pacientes; 26%) e a sétima (113 pacientes; 22%). O exame foi autogerado pelo próprio grupo em 79,56% (401 colonoscopias), sendo as indicações mais comuns o sangramento baixo (76 casos; 13,0%) e controle de pacientes submetidos à cirurgias para abordagem de câncer colorretal (70 casos; 12,0%). O preparo intestinal foi feito com manitol, lactulose e picossulfato de sódio, de acordo com o estado clínico do paciente, ensejando 71% (359 casos) de resultados excelentes. A colonoscopia atingiu o ceco em 445 pacientes (88,0%), tendo chegado ao íleo terminal em 293 casos (58,0%). Os achados colonoscópicos principais foram os pólipos (163 casos; 28,0%), seguidos pelo exame normal (149 casos; 26,0%) e doença diverticular dos cólons (141 casos; 24,0%). Dos 151 pólipos que tiveram suas dimensões assinaladas, 130 pólipos tinham o maior diâmetro menor que 10 mm (86,0%). Dos 207 exames histopatológicos realizados, seja em ressecções seja em biópsias, o pólipo foi o achado mais comum (163 casos; 78,8%), e dos 163 pólipos ressecados o achado mais comum foram os adenomas com displasia de baixo grau (116 casos; 71,2%). Não foram verificadas complicações. Os dados foram comparados com alguns relatos da literatura, estando dentro dos padrões habituais.
RESUMO: A análise das 52 respostas dadas pelos 77 especialistas ao questionário permite as seguintes conclusões: Epidemiologia:A média temporária de exercício profissional foi 18,6 anos; os 77 especialistas atenderam ± 1.097.860 pacientes, tendo diagnosticado DH em ± 393.763 (35,86%), tendo operado ± 102.400 pacientes (± 26%). A média aproximada de incidência de DH por gênero foi de 42% em homens e 58% em mulheres, e de hemorroidectomia de 43% em homens e 57% em mulheres, sendo as incidências de DH por faixas etárias: até 20 anos, 7%; de 21 a 40 anos, 40%; de 41 a 60 anos, 40%; e acima de 60 anos,13%. Tratamento clínico e não intervencionista: o tratamento clínico foi dispensado a ± 291.363, e ± 81,5% foram tratados com cuidados higiêno-dietéticos, pomadas e cremes. O tratamento intervencionista não cirúrgico de escolha foi a LE (94,0% dos especialistas), mais indicada em DH interna grau II (85,2%), com preferência de abordagem de um mamilo por sessão (74,1%), e preferência pela não realização de plicomectomia (67,1%), sendo os graus de satisfação ótimos e bons de 91 %. A LE foi feita em ± 48.273 pacientes (12,50%), tendo a maioria (42 médicos; 53,95%) negado complicações, destacando-se, dentre os que admitiram complicações, 69 casos de hemorragia que levaram à revisão (0,142% de 48.273 LE). Hemorroidectomia: a média anual foi de ± 80,34 cirurgias, totalizando 102.400, sendo a principal indicação cirúrgica a intensidade de sintomas independentemente do grau da DH (64,47%), com preferência pela técnica aberta de Milligan-Morgan (65,79%) seguida pela fechada de Ferguson (21,05%). A preferência anestésica absoluta foi pelos bloqueios raqueano (52,63%) e peridural (26,32%), os posicionamentos preferidos foram em canivete (44,73%) e ginecológica forçada (22,37%) e ginecológica (21,05%), e o regime preferido o hospitalar (78,94%), sendo 55,26% com pernoite (55,26%) e 23,68% sem pernoite. O uso de antibióticos foi preferido por 77,0%, sendo 47,0% em casos especiais e 30,0% de rotina, sobretudo a cefalosporina de segunda geração (13,0%) e associação de metronidazol com aminoglicosídeo (7,5%). Pós-operatório: os antiinflamatórios (29,0%), paracetamol (21,5%), morfina (15,3%) e diclofenato sódico (13,0%) foram os analgésicos preferidos. O toque retal (TR) foi feito de rotina por 44 especialistas (57%), 34,5% como finalidade de detectar uma possível estenose e 25,5% para impedir o progresso de uma eventual estenose anal. Dentre as complicações pós-operatórias destacaram-se a hemorragia (52% dos especialistas) e a estenose anal (9% dos especialistas). 58 (75,0%) enviam o material, de rotina, para exame histopatológico; 55,52% não admitem cirurgias concomitantes à hemorroidectomia; 57,89% preferem o tratamento clínico em trombose hemorroidária. PPH: 35 (45%) nunca usaram e 38 já usaram o PPH (49%); dos 38 17 (22%) não continuaram a usá-lo e 21
RESUMO: Dentro do Programa de pós-graduação em ,2%), sendo a caquexia (três casos) a mais comum. Houve 17 complicações (13,2%), 11 envolvendo as 76 ressecções com anastomose (14,5%) e seis as ressecções sem anastomoses (11,3%). As complicações mais comuns entre as 11 provenientes de ressecções e anastomoses foram as deiscências (sete; 9,2%). As anastomoses mecânicas (55) complicaram mais (16,3%) que as manuais (21) (9,5%). Houve 14 óbitos (10,8%), sendo seis (4,6%) devidos à sepse, quatro (3,1%) devido a TEP e quatro (3,1%) devido a falência múltipla de órgãos. Dos 14 óbitos, quatro (3,1%) foram decorrentes de complicações cirúrgicas e dez (7,7%) foram decorrentes de co-morbidades.
Hidradenitis suppurativa (HS) is a chronic, recurrent and debilitating disease, affecting mainly women, especially in their second and third decades of life. Its most common incidence is in the axillary, inguinal, perianal and inframammary regions. Its complications include chronic fistulizing processes, with involvement of important adjacent structures, such as the sacrum and coccyx, the anal sphincter, urethra and great-caliber vessels, such as the groin vessels. The proportions of some cases of HS requiring extensive surgical procedures at several moments and the application of flaps and grafts, justify unusual cases reports, like this one. The authors present a case of extensive involvement of the perianal and gluteal regions, which required extended resection with flap in the first approach and fistulectomy in a second surgical moment, with good result for the patient.
A hidradenite supurativa (HS) é uma doença crônica, recorrente e debilitante, que afeta principalmente mulheres, sobretudo na segunda e terceira décadas de vida. Incide mais nas regiões axilar, inguinal, perianal e inframamária. Dentre suas complicações crônicas, são descritos processos fistulizantes com comprometimento de estruturas importantes, como o sacro e o cóccix, aparelho esfincteriano, uretra e vasos calibrosos, como os inguinais. As proporções de alguns casos de HS, exigindo intervenções alargadas, em vários tempos e com aplicação de retalhos e enxertos justificam relatos de casos que fogem da rotina, como o atual. Os autores apresentam um caso de comprometimento extenso da região glútea e perianal, que exigiu ressecção alargada com retalho e fistulectomia em um segundo tempo cirúrgico, com bom resultado para a paciente
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