ResumoObjetivou-se compreender a percepção do enfermeiro em relação ao brincar durante a assistência pediátrica em um hospital do Maranhão. Estudo exploratório-descritivo, de abordagem qualitativa envolvendo doze profissionais. A coleta de dados se realizou em agosto de 2013 em um hospital pediátrico do interior do Maranhão, Brasil. Utilizou-se um roteiro de entrevista semiestruturado composto por cinco questões relacionadas ao brincar. Os dados coletados foram tratados de acordo com a Análise de conteúdo de Bardin. Foram abordadas as seguintes categorias: "o brincar e a comunicação", "o brincar e o tratamento" e "o brincar e a infraestrutura necessária". A partir dos resultados se percebeu que os enfermeiros reconhecem a importância do brincar durante o internamento pediátrico, mas não o utilizam como elemento importante no plano de cuidados. Palavras IntroduçãoA motivação para este estudo surgiu durante as aulas práticas do curso de enfermagem em um hospital pediátrico na região sul do estado do Maranhão. Na ocasião, foi possível perceber a preocupação da equipe em possuir um espaço reservado para as crianças internadas desenvolverem suas atividades, por meio de jogos e brinquedos. Percebeuse, também, a existência de um espaço em área livre, com escorregadores, bancos coloridos, gangorra, paredes coloridas e decoradas com personagens infantis. Demonstrando, a princípio, uma preocupação em proporcionar um completo bem-estar ao paciente pediátrico e sua família. Nesse contexto, surgiu a curiosidade de compreender como a enfermagem utilizava aquele ambiente para cuidar das crianças internadas.No processo de trabalho da enfermagem, o cuidar é um instrumento básico que permite assistir o ser humano em sua totalidade, fundamentando-se tanto na sensibilidade quanto no conhecimento científico e compromisso profissional. Nesse sentido, acredita-se ser essencial que os enfermeiros conheçam as experiências infantis sobre os medos relacionados a hospitalização, tais como: estresse, separação dos pais, admissão em um ambiente estranho e dificuldades de comunicação 1 . Um dos principais cuidados de enfermagem em pediatria consiste em ajudar a criança a lidar com todas essas experiências negativas, considerando relevante utilizar recursos familiares ao mundo infantil. Assim, o brincar surge como a melhor possibilidade de expressão do universo da criança, ajudando-a a mediar seu mundo familiar com as situações novas e traumáticas do ambiente hospitalar. Desse modo, pode-se considerar a brincadeira um instrumento importante para o bem-estar mental, emocional e social das crianças hospitalizadas 2,3. O brincar fortalece e aprofunda a relação terapêutica do enfermeiro com a criança no ambiente hospitalar. Por ser considerada uma válvula de escape criativa, a brincadeira ajuda a misturar a realidade com o mundo fantasioso e egocêntrico do pensamento infantil, deixando o ambiente mais divertido e aconchegante, auxiliando a romper os mecanismos de defesa da criança e até contribuindo na redução do tempo
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