RESUMO Objetivo Verificar a queixa subjetiva de memória relacionada com a fluência verbal em idosos participantes de grupos de convivência. Método Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo, realizado em grupos de convivência de idosos do município de Florianópolis, Estado de Santa Catarina. Os dados foram coletados por meio de entrevista estruturada utilizando-se o Questionário de Queixas de Memória (MAC-Q) e o Teste de Fluência Verbal (TFV) por categorias semânticas animais/minuto. Para a análise descritiva inferencial, consideraram-se os dados com p < 5%. Resultados Foi encontrada a queixa de memória autodeclarada em 35,7% da amostra. Não houve associação e correlação do TFV com a percepção da memória obtida pelo MAC-Q bem como com o seu escore. A análise do TFV com os indivíduos que referiram percepção negativa de memória apresentou significância estatística. Salienta-se que foi encontrada associação significativa entre a percepção (escore do MAC-Q) e a presença da queixa de memória (referida pelos idosos em questão acrescida ao questionário). Conclusão Não houve relação entre a queixa subjetiva de memória e a fluência verbal de idosos ativos, sendo as queixas mnemônicas correlacionadas à percepção negativa da memória e ao tempo de queixa apresentada. Porém a queixa subjetiva da memória se mostrou um indicativo para aqueles indivíduos com percepção negativa da memória, sendo um aspecto que deve ser considerado na fala dos idosos ao se investigar um possível declínio cognitivo. Tais dados podem auxiliar no direcionamento das ações de políticas públicas de assistência às pessoas idosas no município, salientando-se a importância em se verificar a queixa subjetiva de memória dos idosos.
Purpose: to relate the cognitive aspects with sociodemographic data and the verbal fluency of the active elderly in a municipality in the south of Brazil. Methods: an epidemiological study conducted with 386 elderly people participating in community groups of the municipality. Data were collected using a sociodemographic questionnaire, the Verbal Fluency Test (VFT) and the Mini-Mental State Examination (MMSE). Results: most participants were women. The sample was characterized by people, predominantly with low schooling and income up to three minimum wages. It was possible to observe that the lower the years of schooling, the lower the monthly income, while the higher the age group, the worse the MMSE. Data of the present study showed significant relationships between the MMSE and the VFT. Conclusion: the cognitive aspects analyzed through the MMSE were influenced by sociodemographic variables and the VFT. These aspects may contribute to the knowledge and monitoring of the cognitive aspects of those who participate in community groups.
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