BackgroundOxaliplatin, the third-generation platinum compound, has evolved as one of the most important therapeutic agents in colorectal cancer chemotherapy. The main limiting factor in oxaliplatin treatment is painful neuropathy that is difficult to treat. This side effect has been studied for several years, but its full mechanism is still inconclusive, and effective treatment does not exist. Data suggest that oxaliplatin’s initial neurotoxic effect is peripheral and oxidative stress-dependent. A spinal target is also suggested in its mechanism of action. The flavonoids rutin and quercetin have been described as cell-protecting agents because of their antioxidant, antinociceptive, and anti-inflammatory actions. We proposed a preventive effect of these agents on oxaliplatin-induced painful peripheral neuropathy based on their antioxidant properties.MethodsOxaliplatin (1 mg/kg, i.v.) was injected in male Swiss mice, twice a week (total of nine injections). The development of sensory alterations, such as thermal and mechanical allodynia, was evaluated using the tail immersion test in cold water (10°C) and the von Frey test. Rutin and quercetin (25-100 mg/kg, i.p.) were injected 30 min before each oxaliplatin injection. The animals’ spinal cords were removed for histopathological and immunohistochemical evaluation and malondialdehyde assay.ResultsOxaliplatin significantly increased thermal and mechanical nociceptive response, effects prevented by quercetin and rutin at all doses. Fos immunostaining in the dorsal horn of the spinal cord confirmed these results. The oxidative stress assays mainly showed that oxaliplatin induced peroxidation in the spinal cord and that rutin and quercetin decreased this effect. The flavonoids also decreased inducible nitric oxide synthase and nitrotyrosine immunostaining in the dorsal horn of the spinal cord. These results suggest that nitric oxide and peroxynitrite are also involved in the neurotoxic effect of oxaliplatin and that rutin and quercetin can inhibit their effect in the spinal cord. We also observed the preservation of dorsal horn structure using histopathological analyses.ConclusionsOxaliplatin induced painful peripheral neuropathy in mice, an effect that was prevented by rutin and quercetin. The mechanism of action of oxaliplatin appears to be, at least, partially oxidative stress-induced damage in dorsal horn neurons, with the involvement of lipid peroxidation and protein nitrosylation.
A hepatite C passa por uma revolução quanto ao tratamento livre de Interferon, através do uso de novos medicamentos antivirais, que aumentaram significativamente as taxas de cura e reduziram o índice de efeitos colaterais relacionados ao uso do Interferon. Objetivos: analisar as taxas de resistência viral à terapia combinada com uso dos antivirais Sofosbuvir, Daclatasvir e Simeprevir, avaliando ainda se existe diferença significativa entre pacientes experimentados e virgens de tratamento, quanto à eficácia dos novos medicamentos em cada um destes grupos. Metodologia: incluídos 290 pacientes, em 3 hospitais na cidade de Fortaleza‑CE, dos genótipos 1, 2 e 3 que concluíram o tratamento segundo as novas diretrizes, sendo então discriminados entre aqueles que atingiram resposta virológica e aqueles que não obtiveram sucesso após o uso das novas drogas. Resultados: 87% dos pacientes foram submetidos ao tratamento de 12 semanas, 29% daqueles submetidos ao tratamento já haviam sido transplantados e 60% já encontravam-se no estágio de cirrose hepática. 95% dos pacientes obtiveram êxito no tratamento. Dos 5% resistentes, contando no total 15 pacientes, 66% eram do genótipo 3, e 80% virgens de tratamento, sendo os 20% restantes já experimentados. Conclusões: o estudo em questão evidencia que os tratamentos da Hepatite C com os novos antivirais realizados nos serviços do Hospital Universitário Walter Cantídio encontram-se em sincronia com os resultados obtidos em estudos internacionais, com altas taxas de resposta virológica sustentada após o uso dos novos antivirais.
Introdução: a hepatite C acomete aproximadamente 1% da população brasileira, cronificando em até 80% dos casos. As novas drogas de ação antivirais diretas (DAAs) aumentaram significativamente a resposta virológica sustentada (RVS), ficando em torno de 90%, além de reduzirem os efeitos colaterais e a duração da terapia medicamentosa. Em alguns casos, a carga viral já se encontra negativada em torno da quarta semana de tratamento. Objetivo: avaliar a correlação entre a carga viral da 4ª semana e a da resposta virológica sustentada (RVS). Método: estudo retrospectivo com uma série de 462 pacientes portadores de hepatite C crônica submetidos ao tratamento com as novas drogas antivirais diretas (DAAs) em dois hospitais terciários da rede pública de saúde do estado do Ceará. Resultado: dos 462 pacientes analisados, 193 foram selecionados para o estudo. 148 pacientes avaliados (76,6%) apresentaram carga viral indetectável (<12 cópias/ml) na 4ª semana de tratamento, sendo que destes 97% obtiveram a RVS. 42 pacientes (21,7%) não negativaram a carga viral ao fim da 4ª semana de tratamento, mas apresentaram RVS, e apenas 7 pacientes (3,6%) foram considerados como resistentes ao tratamento com o uso das DAAs. Conclusão: a dosagem da carga viral após o primeiro mês do uso dos antivirais mostrou-se confiável na maioria dos casos. Novos estudos devem ser feitos a fim de aumentar a confiança dos resultados, para então utilizá-los como fonte segura de resposta terapêutica.
Para tratar a hepatite C crônica (HCC) deve-se conhecer o grau de fibrose hepática, cuja melhor determinação obtém-se por biopsia hepática. Contudo, métodos não-invasivos elastográficos e sorológicos têm sido preferidos. Objetivos: Comparar a concordância entre dois métodos elastográficos e dois sorológicos. Metodologia: Entre janeiro/2014-dezembro/2016 selecionamos portadores de HCC estadiados por FibroScan ou ARFI. Seus graus fibróticos foram agrupados (F0/F1; F2/F3/F4) e comparados aos graus fibróticos calculados laboratorialmente por APRI e FIB4 e agrupados (F0/F1; F2/F3/F4). Comparamos, FibroScan com APRI, FibroScan com FIB-4, ARFI com APRI, ARFI com FIB-4 e APRI com FIB4. Análises: concordância Kappa. Resultados: 73 pacientes (54 masculinos); idade média: 58 anos (32–81), estadeados por FibroScan (31) e ARFI (42). Para comparações, calculou-se APRI e FIB4. Entre FibroScan e APRI ou FIB4 há melhor concordância em graus fibróticos acentuados (grupo F2/F3/F4). APRI e FIB4 subestimaram a fibrose em relação ao FibroScan. ARFI comparado a APRI e FIB4 mostrou pobre concordância. Concordância entre ARFI e APRI é melhor em graus fibróticos baixos (grupo F0/F1) e é ausente em graus elevados (grupo F2/F3/F4). O FIB4 superestima a fibrose em relação ao ARFI. Conclusão: A concordância entre métodos sorológicos e elastográficos varia desde a ausente de concordância até concordância moderada.
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