RESUMO:Objetivou-se com este estudo analisar como se pode por meio da Educação do Campo interpretar os rebatimentos da formação social, econômica e territorial expressas na cultura do povo do campo no Acampamento Nelson Mandela, em Água Branca e Assentamento Maria Bonita, em Delmiro Gouveia/AL. Para tal, torna-se necessária a interpretação do paradigma da questão agrária como validação teórica sobre como se permeia a luta e resistência dos povos do campo pelo acesso à educação contextualizada às suas relações socialmente estabelecidas. Contudo, nos debruçamos sobre as leituras de Bergamasco (1996), Camacho (2012), Ferreira (2011), Munarim (2011), Oliveira (2001), Oliveira (2004, Serpa (2006), Stedile (2000), Silva (1998) com o intuito de interpretarmos a diferenciação entre assentamentos e acampamentos, as relações existentes entre o campesinato, a agricultura familiar e o agronegócio e os rebatimentos das relações existentes na organização e produção do espaço e como todos esses elementos são socializados nos ambientes de estudo realizados. Contudo, foi realizado trabalho de campo com o intuito de interpretarmos como este processo se organiza e reafirma a condição de luta e resistência desses povos do campo no campo. É necessário o entendimento do contexto histórico que envolve a Educação do Campo no Brasil por meio do desmembramento das relações nela constituídas por meio de legislações especificas que a formataram. É a partir da interpretação do Plano Nacional de Educação (PNE) vigente desde 2001 que enfatizaremos como os movimentos sociais e os trabalhadores do campo se articulam para a luta pelo acesso à educação do campo e no campo. Neste sentido, compreende-se que os pontos de partida para entender esse processo versam-se o entendimento da conjuntura social e política da era Imperial, herança dos períodos históricos (Capitanias Hereditárias e Sesmarias), e os acontecimentos existentes entre os Séculos XIX e XX, dentre os quais destacamos o processo de industrialização tardia que contribuiu para uma formação técnica que enveredava a educação presente no campo como um mero receptáculo para a retroalimentação do agronegócio. Palavras-chave:Educação do/no campo, Luta, Resistência.ABSTRACT: This study is meant to examine how can through the Rural Education interpret the aftermaths of social, economic and territorial formation expressed in the field of popular culture at Camp Nelson Mandela in White Water and Settlement Maria Bonita in Delmiro Gouveia / AL. To do this, the interpretation of the paradigm of the agrarian question becomes necessary as a theoretical validation on permeates the struggle and resistance of the people of the field for access to contextualized education to its socially established relationships. However, we look back on the readings Bergamasco (1996) (2000), Smith ( 1998) in order to interpret the differentiation between settlements and camps, the relationship between the peasantry, family farming and agribusiness and the aftermaths of the relationship in the organization and productio...
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