Trigona spinipes (abelhas-arapuá) atacam o broto apical da planta de Khaya ivorensis (mogno-africano), causando atrofia e brotação, provocando ramificações que irão depreciar o fuste se não manejado. Danos à cultura de K. ivorensis já foram relatados para o Brasil, porém nunca antes para a savana brasileira. O objetivo desta pesquisa foi realizar o levantamento do ataque de Trigona spinipes e relatar como primeiro registro a presença e o dano causado um plantio de mogno-africano na savana brasileira. A área apresenta cerca de 16,6 hectares de monocultivo de mogno-africano no município de Piracanjuba, Goiás, sendo utilizado 21 parcelas de 400 m², pré-definidas e o método de amostragem aleatória simples, nas quais foi realizado inventário florestal e observação de rebrotas da parte apical do caule e consequente desrama artificial das rebrotas. Também foram visualizadas as abelhas realizando atividade de forrageamento cortando os brotos de K. ivorensis. No plantio, 6,14% das árvores apresentaram rebrotas, podendo indicar a partir deste percentual a quantidade de árvores atacadas. O total de árvores com rebrota representa uma grande quantidade de árvores que poderão se desenvolver com problemas, gerando mais de um fuste ou galhos, assim impossibilitando que a madeira afetada seja utilizada para a finalidade de movelaria.
O segmento de painéis de madeira vem crescendo no Brasil com a consolidação das plantações florestais e da ampliação industrial. Este artigo aborda a evolução temporal da produção, importação, exportação e consumo aparente dos painéis de madeira no Brasil entre 1961 e 2016. Os dados foram extraídos do sistema FAOSTAT da FAO. Os produtos analisados foram agrupados em: chapas de fibras e duras, MDF+HDF, OSB, partículas, compensados, partículas e OSB e outros. Foram produzidas 218 M t de painéis nesse interstício temporal, dos quais38% de Compensados, 23% de Partículas, 20% de MDF+HDF,10% de Chapas duras de fibras, 6% de Partículas+OSB, 2% de OSB e 1% de Outras. Historicamente Compensado foi o tipo de painel mais produzido no Brasil, mas atualmente MDF+HDF o superam (39%), assim como Partículas (29%). Todavia, Compensado segue notoriamente como o principal produto de exportação na série histórica. As exportações superam as importações em quantidade, resultando em balanço positivo. O maior produto de importação é Chapas duras de fibras. O consumo aparente segue parcialmente as tendências da produção, mas como a maior parte do Compensado produzido no Brasil é para exportação, seu consumo interno atual é de apenas 6%. O consumo per capita de painéis de madeira saltou de 3 em 1961 para 34 m3.hab-1.ano-1 em 2016. Concluiu-se que os painéis de madeira desempenham importante papel na indústria florestal e que os produtos de partículas e fibras estão ganhando o mercado interno, enquanto os painéis laminados ainda são o carro-chefe nas exportações.
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