Resumo O objetivo foi investigar as associações da incapacidade em três níveis (ABVD, AIVD e mobilidade) com doenças cardiovasculares, diabetes e multimorbidade, entre idosos residentes na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Estudo transversal em amostra representativa de adultos da RMBH, tendo sido selecionados 2.172 idosos (60 anos ou mais). A incapacidade, para cada domínio (ABVD, AIVD e mobilidade), foi avaliada como o relato de muita dificuldade ou necessidade de ajuda para realizar pelo menos uma atividade entre as investigadas, e as doenças autorreferidas incluíram hipertensão arterial, infarto do miocárdio e angina, acidente vascular encefálico (AVE), diabetes, e as combinações dessas doenças. Utilizou-se regressão de Poisson ajustada, estimando-se também a fração atribuível populacional. Houve importante contribuição do AVE para a incapacidade em todos os domínios, com destaque para as ABVD, bem como do infarto/angina na incapacidade em AIVD e mobilidade, sobretudo quando combinadas com diabetes e hipertensão. O perfil de multimorbidade pode ser usado para identificação de grupos vulneráveis, que deveriam ser alvo de ações de prevenção e reabilitação, reduzindo o custo financeiro e social desse evento entre idosos.
OBJETIVO: Estimar a relação entre gasto catastrófico em saúde (GCS) e multimorbidade em amostra nacional representativa da população brasileira com 50 anos de idade ou mais. MÉTODOS: Foram utilizados dados de 8.347 participantes do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (2015–2016). A variável dependente foi o GCS, definido pela razão entre as despesas com saúde do adulto de 50 anos ou mais e a renda domiciliar. A variável de interesse foi a multimorbidade (duas ou mais doenças crônicas), e a variável utilizada para estratificação foi o escore de riqueza. As principais análises foram baseadas na regressão logística multivariada. RESULTADOS: A prevalência de GCS foi de 17,9% e 7,5% para gastos correspondentes a 10% e 25% da renda domiciliar, respectivamente. A prevalência da multimorbidade foi de 63,2%. A multimorbidade apresentou associações positivas e independentes com GCS (OR = 1,95, IC95% 1,67–2,28 e OR = 1,40, IC95% 1,11–1,76 para gastos correspondentes a 10% e 25%, respectivamente). Os gastos associados à multimorbidade foram maiores entre aqueles com menor escore de riqueza. CONCLUSÕES: Os resultados chamam atenção para a necessidade de uma abordagem integrada da multimorbidade nos serviços de saúde, de forma a evitar os GCS, particularmente entre adultos mais velhos com piores condições socioeconômicas.
Em virtude do modelo historicamente androcêntrico e sexista, as mulheres não avançam na carreira científica na mesma proporção que os homens. Dessa forma, objetivou-se neste estudo explorar a condição da mulher e da mulher negra na ciência brasileira, obstáculos e superações.
Palavras-chave: Ciência. Gênero-Classe-Raça. Raça-Cor. Mulheres Negras.
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