The work of military police (PMs) around the world involves risking their own lives in favor of defending the lives of others, implying a constant state of alert. This context, added to the work overload and the rigid relations of the corporation's military hierarchy, can negatively affect the quality of life and health conditions of these workers. Paying attention to sick leave for health treatment is important, as work plays a fundamental role in building each individual's identity and may be related to the causes that incapacitate workers. OBJECTIVES: To describe the prevalence and identify the main causes of sick leave (LTS). METHODOLOGY: Cross-sectional, exploratory, quantitative study, part of an umbrella project entitled "Experienced violence, health conditions and illness among civil and military police officers in the State of Ceará", carried out in 21 Military Police Battalions in the cities of Fortaleza, Quixadá, Sobral, and Canindé, in Ceará, between 2018 and 2020, with a total of 836 police officers. For data collection, a self-administered electronic questionnaire was used, using the Survey Monkey software, containing a Free and Informed Consent Form (TCLE). The analysis was performed using SPSS®20. The study was approved by COPESQ UFC Opinion No. 2,284,725. RESULTS: Most of the sample was male (91.1%), with a mean age of 39 ± 10 years, brown (70.3%), and living in a stable union (65.7%). Most reported having already taken the LTS at some point during their work at the Ceará Military Police (63.0%). the following stand out: illnesses (39.9%) and accidents (10.5%), followed by psychological issues (4%), surgeries (2.9%), and injuries (2.3%). The lower limbs are the most affected part of the body (3.5%). CONCLUSION: LTS was necessary for most PMs and its main causes show that factors internal and external to the profession may be related to the need for leave. It is concluded, therefore, that the exercise of the profession contributes to the health-illness process of these individuals, limiting the good performance of their activities and impairing their quality of life.

INTRODUÇÃO:No Brasil, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) correspondem a 72% das causas de morte. O trabalho na segurança pública é capaz de afetar a saúde e a qualidade de vida dos policiais, uma vez que existem estressores na atividade policial, sobretudo, devido exposição em eventos violentos, trabalho por turnos e exaustivas jornadas de trabalho, que geram distúrbios capazes de impactar a saúde física e psíquica destes profissionais, manifestados, muitas vezes, por condições crônicas. OBJETIVO: Estimar a prevalência de DCNT entre os policiais civis do Ceará e associar fatores preponderantes no diagnóstico. MATERIAL E MÉTODOS: Trata de estudo exploratório, transversal, de abordagem quantitativa, parte de um projeto guarda-chuva intitulado "Violência vivida, condições de saúde e adoecimento entre policiais civis e militares do Estado do Ceará". A amostra é constituída por 157 policiais civis. A coleta de dados ocorreu em 2022, por meio de um questionário eletrônico autoaplicável adaptado às funcionalidades do software Survey Monkey. Foram coletadas informações sobre a presença de hipertensão arterial, diabetes e dislipidemia, assim como o período do diagnóstico. Os dados foram transpostos para uma planilha do Microsoft Excel® for Windows, para análise estatística descritiva. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Federal do Ceará, obtendo parecer aprovado sob nº 2.284.725. RESULTADOS: Mais da metade da análise (58,60%) corresponde à população masculina, totalizando 57,1% com idade maior ou igual a 40 anos. Quanto ao tempo de serviço, 42,8% possuem mais de 20 anos de trabalho nas corporações. Os dados revelaram uma prevalência de 24,84% de colesterol alto, 17,83% de hipertensão arterial e 4,46% de diabetes entre os policiais civis, cujos diagnósticos, em mais de 80%, foram descobertos após entrada na corporação. CONCLUSÃO: Com os dados coletados, não foi possível afirmar se existe uma associação entre a atividade policial e a prevalência de doenças crônicas nessa população, embora tenha apresentado respostas auto-relatadas, garantindo que alguns indivíduos possam apresentar DCNT sem ter conhecimento. As análises corroboram com aspectos individuais que têm relevância de saúde, pois a exposição a fatores de risco podem causar adoecimento psíquico e físico.