Este estudo teve como objetivo analisar o papel do Terapeuta Ocupacional e compreender o significado da ocupação para uma paciente em cuidados paliativos oncológicos. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso único realizada com paciente em cuidados paliativos oncológicos, denominada como "Nobreza", internada em hospital universitário. A coleta de dados deu-se com 15 encontros a partir dos instrumentos: entrevista aberta, questionário socioeconômico e encontros terapêuticos ocupacionais. A análise dos dados se deu através da análise temática de conteúdo, o que gerou duas categorias de análise: 1) Significados da finitude-envolvendo fé, aceitação do morrer e suas perdas processuais; e, 2) Significados das ocupações-aprendizado, perpetuação e trocas afetivas. Discutem-se as possibilidades do Terapeuta Ocupacional nos cuidados paliativos, a partir de uma perspectiva da ciência ocupacional. O estudo traz a reflexão, o fato de que, as pessoas em cuidados paliativos oncológicos podem realizar-se por meio do fazer, criar, viver, sentir, expressar, ocupar-se.
No campo da saúde mental, os Centros de Atenção Psicossocial - CAPS se destacam por serem um serviço de base territorial com diversas possibilidades de intervenção, dentre as quais destacamos as atividades grupais. Neste estudo, buscou-se compreender o significado das atividades de grupo para os usuários de um CAPS, baseado na perspectiva da Ciência Ocupacional. Realizou-se uma pesquisa qualitativa, utilizando a entrevista aberta com onze usuários do serviço, e observação livre com registro em diário de campo de cada atividade grupal. A análise do conteúdo das entrevistas indicou as atividades de grupo como estratégia importante na assistência em saúde mental, enquanto espaço de expressão e partilha de experiências e sentimentos, favorecimento das relações sociais e da autopercepção que influenciavam em sua saúde. Observou-se também que funcionavam como estratégia terapêutica relevante para o cuidado em saúde mental, pois permitiam satisfação pessoal e preenchiam o tempo dos usuários significativamente, de modo que viabilizou a discussão da possibilidade ocupacional veiculada por meio dos grupos. Nesse sentido, este estudo possibilitou a articulação entre as ações da Terapia Ocupacional, ancoradas na Ciência da Ocupação, impulsionando refletir sobre a fundamentação teórica e outros campos do conhecimento científico na área, sendo um horizonte que pode nortear as práticas dessa profissão, além de incitar a reflexão de modos distintos de compreender as ocupações humanas, nos quais as atividades em grupo podem se constituir como possibilidade ocupacional. In the field of mental health, the Psychosocial Care Centers - CAPS stand out as a territorial base service with several possibilities for intervention, among which we highlight the group activities, so in this study, we seek to understand the meaning of group activities for The users of a CAPS, based on the perspective of Occupational Science. A qualitative research was carried out, using the open interview with eleven users of the service, and free observation with recording in field diary of each group activity. The analysis of the interview content indicated group activities as an important strategy in mental health care, as a space for expressing and sharing experiences and feelings, favoring social relations and self-perception that influenced the participant's health. It was also observed that they allowed personal satisfaction and filled users' time significantly, so that the discussion of the occupational possibility conveyed through the groups was feasible. In this sense, this study also allowed the articulation between the actions of Occupational Therapy, anchored in Occupational Science, impelling to reflect on the theoretical foundation used in the profession and this Science as a possibility, a horizon that guides the occupational therapeutic practices, besides inciting Reflection of different ways of understanding human occupations, in which group activities may constitute an occupational possibility.Keywords: Occupational science; Group practice; Mental health; Occupational therapy. En el campo de la salud mental, los Centros de Atención Psicosocial - CAPS se destacan por ser un servicio de base territorial con diversas posibilidades de intervención, entre las cuales destacamos las actividades grupales, por eso en este estudio, buscamos comprender el significado de las actividades grupales para los usuarios de un CAPS, basado en la perspectiva de la Ciencia Ocupacional. Se realizó una investigación cualitativa, utilizando la entrevista abierta con once usuarios del servicio, y observación libre con registro en diario de campo de cada actividad grupal. El análisis del contenido de las entrevistas indicó las actividades grupales como estrategia importante en la asistencia en salud mental, como espacio de expresión y compartir experiencias y sentimientos, favorecimiento de las relaciones sociales y de la autopercepción que influían en la salud de los participantes. Se observó también que permitían satisfacción personal y llenaban el tiempo de los usuarios significativamente, de modo que viabilizó la discusión de la posibilidad ocupacional vehiculada por medio de los grupos. En este sentido, este estudio también posibilitó la articulación entre las acciones de la Terapia Ocupacional, ancladas en la Ciencia Ocupacional, impulsando reflexionar sobre la fundamentación teórica utilizada en la profesión y esta Ciencia como una posibilidad, un horizonte que nortee las prácticas terapéuticas ocupacionales, además de incitar a Reflexión de modos distintos de comprender las ocupaciones humanas, en las cuales las actividades grupales pueden constituirse como posibilidad ocupacional.Palabras clave: Ciencia ocupación; Práctica de grupo; Salud mental; Terapia ocupacional.
Background Hepatitis C virus (HCV) infection is a serious public health concern due to its high prevalence and mortality rate. In chronic infection, HCV may induce autoimmune responses through the production of autoantibodies, including antinuclear antibodies (ANA). Methods We assessed the presence of ANA by indirect immunofluorescence using HEp-2 cells in 89 patients with chronic hepatitis C. We also collected data on epidemiological variables; clinical characteristics; and biochemical, hematological, molecular, and histopathological information from the patients to assess the impact of the presence of ANA in those patients. Results The prevalence of ANA in the patients was 20.2%, which was significantly higher than that found in healthy controls (2%). However, there was no association of this marker with epidemiological, clinical-laboratory, molecular or histopathological characteristics of hepatitis C, although a slightly higher prevalence of ANA was detected in women and in patients infected with subgenotype 1a. In a specific analysis, chronic HCV patients with the “rods and rings” cytoplasmic pattern had higher degrees of hepatic fibrosis than did ANA-negative patients. Conclusions The results confirm a greater predisposition to the presence of ANA in patients with HCV, which may be associated with a worse prognosis, especially in the presence of the “rods and rings” cytoplasmic pattern.
O câncer é uma doença crônica para qual o tratamento modificador do curso natural da doença não é uma alternativa possível em todos os casos, o que evidencia a necessidade de cuidados paliativos oncológicos. O Terapeuta Ocupacional é profissional integrante dessa filosofia de cuidados, podendo intervir desde o controle de sintomas até o aumento da independência e da autonomia, favorecendo também a manutenção de ocupações significativas no cotidiano do paciente e de seus familiares. Na perspectiva do Modelo de Ocupação Humana-MOH, as ocupações são percebidas como um comportamento humano de uso intencional do tempo para satisfazer impulsos internos e exigências sociais. Fundamentado no MOH, este estudo objetivou compreender as vontades ocupacionais de pessoas internadas nas Clínicas de Cuidados Paliativos Oncológicos(CCPO) e identificar quais valores atribuíam a estas ocupações. Trata-se de um estudo de caso múltiplo, de abordagem qualitativa, que foi realizado com quatro pessoas internadas nas Clínicas de Cuidados Paliativos Oncológicos do Hospital Ophir Loyola (Belém–PA) a partir dos seguintes instrumentos de pesquisa: entrevista inicial, utilização adaptada do Jogo “Cartas na mesa”, realização ocupacional e entrevista final com AS participantes. A análise do conteúdo desses instrumentos gerou duas categorias que permitiram descrever as vontades ocupacionais das participantes e o significado fornecido às vontades realizadas. Assim, almeja-se que este estudo possa ser construtor de novas reflexões acerca da temática das vontades ocupacionais de pessoas em cuidados paliativos, além de contribuir com estudos e intervenções no campo da Terapia Ocupacional na interface com o MOH. AbstractCancer is a chronic disease for which disease-modifying treatment is not a possible alternative in all cases, which highlights the need for oncologic palliative care. The Occupational Therapist is a professional professional in this philosophy of care, may intervene from control of symptoms to increase independence and autonomy, also favoring the maintainment of personal care in the daily of the patient and their family. From the perspective of the Model of Human Occupation - MOHO, occupations are perceived as a human behavior of intentional use of time to satisfy internal impulses and social demands. Based on the MOHO, this study aimed to understand the occupational wills of people admitted to the Oncology Palliative Care Clinics (OPCC) and to identify which values they attributed to these occupations. This is a multiple case study with a qualitative approach, which was conducted with four people admitted to the Oncology Palliative Care Clinics of Hospital Ophir Loyola (Belém-PA) from the following research instruments: initial interview, adapted use of the "Letters on the table" game, occupational performance and final interview with the participants. The analysis of the content of these instruments generated two categories that allowed describing the occupational wills of the participants and the meaning provided to the wishes realized. Thus, it is intended that this study can build new reflections on the theme of occupational wills of people in palliative care, and contribute to studies and interventions in the field of Occupational Therapy in interface with MOHO.Key words: Hospitalization; Palliative Care; Occupation; Model of Human Occupation. ResumenEl cáncer es una enfermedad crónica para la cual el tratamiento modificador de la enfermedad no es una alternativa posible en todos los casos, lo que resalta la necesidad de cuidados paliativos oncológicos. El terapeuta ocupacional es un profesional en esta filosofía de atención médica, puede intervenir del control de los síntomas para aumentar la independencia y la autonomía, también favorece el mantenimiento de la atención personal en el diario del paciente y su familia. Desde la perspectiva del Modelo de Ocupación Humana - MOH, las ocupaciones se perciben como un comportamiento humano de uso intencional del tiempo para satisfacer los impulsos internos y las demandas sociales. Basado en el Ministerio de Salud, este estudio tuvo como objetivo comprender las voluntades laborales de las personas admitidas en las Clínicas de Cuidados Paliativos de Oncología (CCPO) e identificar qué valores atribuyeron a estas ocupaciones. Este es un estudio de caso múltiple con un enfoque cualitativo, que se llevó a cabo con cuatro personas ingresadas en las Clínicas de Cuidados Paliativos de Oncología del Hospital Ophir Loyola (Belém-PA) del siguiente instrumento de investigación: entrevista inicial, uso adaptado del Juego de "Cartas en la mesa", desempeño laboral y entrevista final con los participantes. El análisis del contenido de estos instrumentos generó dos categorías que permitieron describir las voluntades laborales de los participantes y el significado dado a los deseos realizados. Por lo tanto, se pretende que este estudio pueda construir nuevas reflexiones sobre el tema de las voluntades ocupacionales de las personas en cuidados paliativos y contribuir a los estudios e intervenciones en el campo de la Terapia Ocupacional en interfaz con el MOH.Palabras clave: Hospitalización, Cuidados Paliativos, Ocupación, Modelo de Ocupación Humana.
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