Utilizado como alimento alternativo pela clientela da Pastoral da Criança, o farelo de trigo foi submetido a um estudo de estabilidade sob diferentes condições de armazenamento. O produto, fornecido pelo Moinho Recife - PE, após tamização foi submetido a uma torrefação a ± 95°C e a seguir acondicionado em embalagens diversas: vidro, plástico e papel, sendo armazenados a ± 28 e ± 45ºC. Os resultados das análises químicas e microbiológicas realizadas aos 30 e 60 dias demonstraram que embora a torrefação reduza a contaminação inicial de bolores e leveduras, favorece alterações de ordem química, efeito análogo ao observado no armazenamento a 45°C. Tal constatação, permite concluir que o fator limitante do armazenamento do farelo de trigo sob a forma torrado é a oxidação Lipídica.

Com o objetivo de observar o cumprimento das normas estabelecidas pelos órgãos competentes, 14 marcas de coloríficos, conhecidos popularmente por colorau, foram analisadas quanto aos parâmetros microbiológicos, (salmonelas, coliformes totais e coliformes fecais), microscópicos e físico-químicos (composição centesimal, corantes artificiais e cloreto de sódio). Os resultados das análises microbiológicas demonstraram que 75% das amostras não atenderam aos padrões estabelecidos pela Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos quanto ao número de coliformes fecais. Os resultados das análises microscópicas indicaram que 25% das amostras não atenderam à legislação em vigor quanto ao rótulo (especificação de ingredientes e quanto à presença de substâncias estranhas). Foi constatada também, a presença de sementes inteiras em 21% das amostras. As determinações físico-químicas revelaram que 35% das amostras analisadas estavam fraudadas por excesso de cloreto de sódio ou não declaravam a presença desse ingrediente no rótulo. Não foi revelada a presença de corantes artificiais nos coloríficos estudados.