ResumoA degeneração discal é uma condição que compromete as funções do disco intervertebral, podendo levar a vários processos patológicos importantes, como hérnias discais e estenoses de canal. Apesar de sua etiologia ainda ser desconhecida, cada vez mais estudos têm demonstrado o papel preponderante de fatores genéticos em detrimento de fatores ambientais. Com o objetivo de revisar o conhecimento atual sobre os genes associados à degeneração do disco intervertebral, foi realizada uma revisão narrativa da literatura inglesa nos últimos 10 anos sobre o tema. Concluímos que há uma série de genes que foram associados à degeneração discal em seres humanos, incluindo genes codificando colágeno I α-1 (COL1A1), colágeno IX (COL9A2 e COL9A3), colágeno XI (COL11A2), interleucina 6 (IL-6), agrecano (AGC1), receptor de vitamina D (VDR), metaloproteinase de matriz 3 (MMP-3), além de microRNAs. Dessa forma, a presente revisão enfatiza os últimos avanços na associação de genes com fenótipos de discos degenerados específicos, polimorfismos de nucleotídeos únicos, hereditariedade e interações genético-ambientais em relação à degeneração discal, com o intuito de permitir ao clínico entender esse mecanismo de degeneração e estar preparado para as novas terapêuticas que estão por vir baseadas na genética.
Objetivos: Estimar a taxa de transmissão vertical do HIV e os fatores de risco materno-fetais em crianças nascidas em 2015 em seguimento durante os anos de 2015 a 2017 no maior centro de referência para tratamento para HIV do estado de Goiás. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo de 111 crianças expostas ao HIV nascidas em 2015 de mães HIV positivas. Resultados: Entre as mães, 85 (92,4%) utilizaram TARV durante a gestação. Das 92 crianças que mantiveram seguimento, 4 (4,34%) adquiriram infecção perinatal pelo HIV. 81 (88%) recém-nascidos fizeram uso de profilaxia antirretroviral. Um fator protetor importante de transmissão vertical do HIV foi a profilaxia antirretroviral do RN (OR = 0,02; IC 95%: 0,00-0,56; p = 0,04). Outros fatores investigados, como uso de TARV durante a gestação, não foram estatisticamente significativas para risco. Conclusão: A taxa de transmissão vertical do HIV ainda se encontra elevada no estado de Goiás e os desafios para sua prevenção consistem na perda de seguimento e falhas nas medidas estratégicas.
Objective In 2003, Mazda et al. introduced a new device for surgical correction of Adolescent Idiopathic Scoliosis (AIS) called sublaminar bands (SB). The reduction principle that SBs use is posteromedial spinal translation, similar to Luque’s wiring, but using polyester bands. Methods We performed a systematic review of the literature on this subject, evaluating the technique in terms of coronal correction, sagittal correction, bleeding, mean surgical time, loss of correction, infection, pseudoarthrosis, and neurological and other complications. The total search resulted in 14 articles published over the last 10 years. We found that the use of SBs in hybrid AIS correction instrumentations provides an average correction of 69% in the frontal plane, a 5° increase in thoracic kyphosis (average increase of 55%), overall complications of 4.5%, and no neurological complications were reported in any of the studies analyzed.. The mean blood loss was 682.5 mL and the mean surgical time was 228.6 minutes. Conclusions We conclude that the literature suggests that this instrumentation is safe, allows good correction in the frontal plane and great correction in the sagittal plane. As for complications, mean surgical time, and blood loss, their averages are lower than those of other constructions used for AIS. Level of evidence IIA; Systematic review.
Achalasia is a disorder of the lower esophagus in which its sphincter is unable to relax even during a peristaltic reflex. Its development is related to the loss of both Auerbach's (myenteric) and Meissner's (submucous) plexuses of the distal esophagus and lower sphincter, due to a neurodegenerative process that may be autoimmune or secondary to an infection. In Brazil, Chagas disease is one of this disorder's main etiologies, by promoting the destruction of the myenteric plexus due an inflammatory response to the Trypanosoma cruzi. The Chagas megaesophagus is one of its presentations, consisting of the addition of achalasia to ineffective peristalsis that results in esophageal dilatation (1). The world's incidence of achalasia is about 1/100,000 and, because of its chronicity, its prevalence is about 9 to 10/100,000. It is estimated that, currently, about 1 million chronic Chagas patients live in Brazil. Megaesophagus affects about 7% to 10% of these patients, manifesting during about 20 to 40 years old (1-3). The main symptom of this condition is the long-lasting dysphagia, that may be followed by regurgitation, retrosternal pain, heartburn and sialorrhea. When facing symptoms like dysphagia, it is necessary, at first, to exclude diagnostic hypothesis of gastroesophageal reflux disease, mechanical obstruction of esophagus, or malignancy, since those are more prevalent; then, it must be proceeded the investigation of esophageal motility disorders, such as achalasia (4). Because of this illness' importance in our setting, and because of the need of accessible radiologic methods that allow diagnosis, classification and follow-up of patients, the barium-based contrast radiography of the esophagus (esophagogram) is still highlighted in the spite of more modern
Introdução: O câncer de laringe é o 14º câncer mais comum no mundo. Sem considerar os tumores de pele não-melanoma, na Região Centro-Oeste, o câncer de laringe é o 8º câncer mais comum entre homens e o 16º entre mulheres. Aproximadamente 2/3 dos casos desse tipo de tumor surgem na prega vocal verdadeira, localizada na glote; o tipo histológico mais prevalente nesse caso, em mais de 90% dos pacientes, é o carcinoma de células escamosas. Objetivo: Dada a importância dessa neoplasia, o objetivo do nosso estudo é delinear seu perfil epidemiológico em nossa instituição, centro de referência de cânceres de cabeça e pescoço na região Centro Oeste, a fim de contribuir na determinação de fatores de risco e, assim, propor diagnósticos mais precoces. Métodos: Trata-se de estudo epidemiológico observacional, retrospectivo, descritivo e quantitativo, de todos os casos de pacientes com diagnóstico de câncer de laringe atendidos pelo SUS no Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital do Câncer do Estado de Goiás, no período de 2014 a 2018. Os casos foram analisados segundo: idade, sexo, tabagismo, etilismo, atividade ocupacional, subsítio, estadiamento, tipo histológico, e tempo entre queixa principal e diagnóstico. Resultados: Foram analisados 426 pacientes submetidos à biópsia de laringe, sendo destas 155 biópsias glóticas, das quais 152 corresponderam a carcinoma glótico epidermóie. Nesse universo de 152 casos, a média de idade foi 63,21 anos; 89,9% eram do sexo masculino; 92,9% eram tabagistas; 80,8% eram etilistas; 41,4% eram lavradores; o tempo médio para evoluir com disfonia foi 7,69 meses; 67,7% tinham o tumor na prega vocal direita; 41,4% tinham estadiamento T1; e 59,6% eram CEC II. Conclusão: Nossa epidemiologia regional mostrou semelhança com as epidemiologias nacional e mundial, que tendem a mostrar que homens tabagistas são o grupo mais vulnerável a ter câncer de laringe, em especial pela atividade econômica desenvolvida no Brasil Central, os trabalhadores rurais se mostraram como ocupação mais prevalente. Por isso programas de prevenção devem englobar esse grupo como foco principal.
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