Os custos vêm ocupando espaço nos debates sobre gestão econômica, possibilitando analisar o desempenho das empresas. Este estudo busca investigar os custos de empresas do setor da construção civil, listadas na B3, em períodos de prosperidade econômica (2010-2013) e de crise econômica (2014-2018). Para alcançar o objetivo, foram utilizadas pesquisas descritiva, documental e quantitativa, bem como a coleta de dados referentes à Receita Líquida (RL), ao Custo dos Produtos Vendidos (CPV), às Despesas Administrativas (DA) às Despesas de Vendas (DV) e aos custos totais da amostra correspondente a 18 empresas e, em virtude de a distribuição dos dados não ser normal, empregou-se o teste não paramétrico de wilcoxon e estatística descritiva. Os resultados da pesquisa revelaram que não houve alteração significativa entre os custos de venda das empresas de construção civil no período de prosperidade econômica e de crise econômica, porém, para os outros indicadores DA/RL, DV/RL e CT/RL, houve perda de desempenho econômico no período de crise econômica. Além disso, a dinâmica dos custos mostrou, por meio da análise descritiva, o comprometimento médio da receita líquida em relação aos custos totais que inclinaram de 87%, no período prosperidade econômica, para 118%, nos quatro anos de crise econômica, indicando, assim, prejuízo. 16 empresas elevaram os seus custos totais entre os dois momentos comparados, sendo que 10 apresentaram os custos totais maiores que as receitas líquidas, indicando, durante a crise econômica, possível declínio das receitas e manutenção dos custos fixos estruturais.
