RESUMO -A produção de pectinases por Aspergillus oryzae é fortemente influenciada pelo meio e pelos parâmetros de processo. O pH atua sobre a composição do complexo, a atividade e a estabilidade de pectinases durante o cultivo. Neste trabalho, avaliou-se o crescimento celular de A. oryzae e a produção de pectinases em cultivos conduzidos sob cinco diferentes condições de controle de pH. Obteve-se maior concentração de biomassa em pH 4,0 constante; porém, nesta condição, a atividade enzimática foi praticamente nula. Verificou-se que a atividade pectinolítica (24U/mL) é preservada quando o pH é ajustado inicialmente em 4,0 e, após queda natural, mantido em mínimo de 2,7 até o final do cultivo. A mais alta atividade enzimática (43U/mL) foi obtida em cultivo no qual o pH foi mantido constante em 4,0 até 24h e, em seguida, reduzido para 2,7 pela adição de HCl. Os resultados confirmam que o pH afeta decisivamente o cultivo de A. oryzae e a sua capacidade de produção de pectinases.
RESUMO -O suprimento de oxigênio em cultivos de microrganismos aeróbios é fundamental para garantir adequados crescimento e produção de metabólitos, afetando diretamente o desempenho do processo. Na produção de pectinases fúngicas, a alta viscosidade do meio, conferida pela pectina, e as intensas modificações reológicas, provocadas pelo crescimento celular, prejudicam a mistura e a transferência de oxigênio. Neste trabalho, a pectina (indutor enzimático) foi adicionada ao cultivo após a fase de intenso crescimento celular, permitindo o estudo da produção de pectinases por Aspergillus oryzae em meio líquido sem limitação de oxigênio. Verificou-se que, apesar de o crescimento celular ter sido semelhante ao do ensaio controle, a não limitação de oxigênio permitiu a obtenção de atividade enzimática (120U/mL), praticamente quatro vezes maior que a do controle (43U/mL). Os resultados indicam que a condução do processo sem limitação de oxigênio resulta em ganho substancial na produção de pectinases. INTRODUÇÃOOs microrganismos aeróbios e os anaeróbios facultativos, quando utilizados em processos biotecnológicos, necessitam de uma disponibilidade ilimitada de oxigênio dissolvido no meio para garantir o adequado crescimento. O consumo de oxigênio dissolvido também influencia a manutenção celular e a produção de metabólitos. Quando em escassez, afeta diretamente o desempenho do processo (Garcia-Ochoa & Gomez, 2009).O suprimento de oxigênio em cultivos submersos é promovido pela operação de dissolução de oxigênio contido na fase gasosa (normalmente ar) para a fase líquida, para que esteja disponível para o consumo microbiano. O fato de o oxigênio ser pouco solúvel em água torna a extensão dos processos aeróbios e a obtenção de produtos dependentes da capacidade de se transferir oxigênio para a fase líquida (Schmidell et al., 2001).As pectinases, enzimas utilizadas em diferentes setores comerciais, em especial na indústria de alimentos (Reid e Ricard, 2000;Sandri et al., 2013) podem ser produzidas por muitas espécies de fungos filamentosos, microrganismos particularmente exigentes quanto à transferência de oxigênio uma vez que podem apresentar formação de pellets ou filamentos livres. (Kashyap et al., 2001).
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