No estado de Santa Catarina, o cultivo de feijão-comum é realizado predominantemente por pequenos agricultores com o intuito de atender a demanda alimentícia da família. Dessa forma, os agricultores têm importante contribuição na conservação da diversidade da espécie, e a criação de estratégias para que não seja perdida essa variabilidade é de extrema importância. Este trabalho teve como objetivo formar um Banco Ativo de Germoplasma com sementes de feijão-comum cultivadas e mantidas por pequenos agricultores no oeste de Santa Catarina e noroeste do Rio Grande do Sul. Na safrinha de 2019/20, foi implantado um ensaio com 36 tratamentos, distribuídos em delineamento de blocos completos casualizados, com três repetições. Foram avaliados caracteres morfológicos e agronômicos qualitativos e quantitativos durante o ciclo da cultura. Os dados das variáveis qualitativas foram utilizados para caracterizar as variedades já os das variáveis quantitativas foram submetidos a análise de variância. Foram constatadas diferenças significativas (p<0,05) para as todas as variáveis Altura da Primeira Vagem, Número de Vagens por Planta, Número de Grãos por Vagem e Produtividade. Por meio da interação das estratégias de ensino, pesquisa e extensão foi possível fortalecer a conservação on farm da diversidade genética de feijão-comum, espécie amplamente utilizada na alimentação humana. Através da formação do Banco Ativo de Germoplasma foi possível manter a variabilidade genética da espécie, que tem grande importância econômica e social na região, e que estava vulnerável ao processo de erosão genética.