RESUMO: A disfunção do ventrículo direito no pós-operatório do transplante cardíaco é uma complicação freqüente com morbimortalidade elevada. A avaliação hemodinâmica pulmonar dos candidatos precisa, às vezes, do emprego de prova farmacológica com o uso de drogas endovenosas vasodilatadoras tipo nitroprussiato de sódio (NTPNa), visando reduzir os níveis de pressão e resistência vascular pulmonar (RVP) elevados a níveis compatíveis com os protocolos de inclusão dos Programas de Transplante Cardíaco. Valores de RVP acima de 6 unidades Wood sem droga vasodilatadora, ou acima de 2,5 com a utilização destas, excluem os pacientes do Programa. Entre janeiro de 1997 e janeiro de 2000 foram submetidos a cateterismo direito, 40 pacientes candidatos a transplante. A maioria homens, com idade mé (±12 anos). As etiologias mais encontradas foram miocardiopatia dilatada idiopática (59%) e miocardiopatia isquêmica (25%). Todos em CF IV da NYHA, com fração de ejeção média do ventrículo esquerdo de 0,21 (± 0,03). A monitorização do débito cardíaco (DC), pressão da artéria pulmonar (PAP) e RVP foi feita pelo método contínuo, utilizando para isto cateter de artéria pulmonar especial. Em 5 pacientes a prova farmacológica foi interrompida devido aos efeitos sistêmicos do NTPNa com queda da PAM, RVP e DC. Todos foram submetidos a inalação de óxido nítrico (NO) por máscara, a uma dose de 20 ppm durante 10 minutos. Em 3, a RVP reduziu de 7,8 (±0,88) para 2,4 (±0,36) unidades Wood, e eles foram incluídos no Programa de Transplante. Nos outros 2, apesar de doses de NO de 20,30 e 40 ppm, a redução foi de 8,4 (±2,12) para 4,9 (±0,42) unidades Wood, ou seja, insuficiente para serem incluídos nos Programas de Transplante. Não tivemos óbitos, nem complicações durante os procedimentos. O NO inalatório na avaliação hemodinâmica dos candidatos a TC -pelo seu efeito vasodilatador seletivo -permite identificar aqueles com hiper-resistência vascular pulmonar, que não respondem ao uso de drogas vasodilatadoras endovenosas convencionais, evitando que sejam excluídos dos benefícios do procedimento do TC. Mejia J A C, Pinto Jr V C, Barroso H B, Mesquita F A, Carvalho Jr W, Castelo Branco J M B, Souza F J R, Viana M C A, Sousa P L, Sousa Neto J D -Baixas doses de óxido nítrico na seleção dos pacientes candidatos a transplante cardíaco com hipertensão pulmonar. Rev Bras Cir Cardiovasc 16 16 16 16 16(1): 28-34.
Objetivo: Demonstrar a viabilidade na feitura de túnel cava inferior-cava superior com retalho da parede atrial direita, evitando o emprego de material protético. Casuística e Métodos: Foram operados 2 pacientes nos quais se empregou a técnica de anastomose cavo-pulmonar total, sem uso de material protético. O primeiro caso, A.L.M., masc, 4 anos, 15 kg, era portador de atresia tricúspide (EP), com comunicação interventricular (CIV) restritiva. O segundo caso, M.E.N.O., fem, 15 anos, 47 kg, tinha doença de Ebstein. O controle pós-operatório dos pacientes foi feito com ecocardiograma e cateterismo cardíaco. As operações foram realizadas com o emprego de circulação extracorpórea (CEC), e cardioplegia sangüínea como método de proteção miocárdica. A canulação das cavas foi o mais distal possível. A tunelização foi realizada com retalho de tecido atrial direito, suturado ao septo interatrial, deixando-se o seio coronariano e a comunicação interatrial (CIA) para a esquerda. Resultados: Ambos os pacientes evoluíram, sem complicações, na UTI. O primeiro apresentou derrame pleural discreto à direita, e o segundo mantém-se em estimulação artificial (VVI,R). Conclusões: A tunelização intra-atrial para anastomose cavo-pulmonar total pode ser realizada sem o uso de material protético, evitando-se os riscos advindos do seu emprego (calcificação, retração, embolização).
The authors describe two cases (one tricuspid atresia without TGA or pulmonary stenosis, but with a restrictive IVC: the second of an Ebstein disease) of total cavo-pulmonary anastomosis using only the tissue of the atrial wall, avoiding any prosthetic material. Both cases were done under cardiopulmonary bypass and cold blood cardioplegia. A flap of the right atrial wall was used to re-direct the blood flow. Pleural effusion in one patient and complete AV block in the other were the complications found. They conclude that right intra-atrial tunneling for total cavo-pulmonary anastomosis, avoiding the use of any foreign material is feasible, thus diminishing the possible late risks (calcification, embolization, retraction) of prosthetic materials
Background and objectives: The current techniques of anesthesia employed in cardiac surgery leading to immediate extubation depend on adequate analgesia and titration of anesthetic drugs. We sought to determine the best possible moment of extubation, using the bispectral index of the electroencephalogram.Method: Twelve ASA III patients were analyzed. Seven (58.4%) were children (Group I), submitted to correction of congenital cardiac defects with ages ranging from 0 to 7 years. Five adults (Group II), with ages ranging from 30 to 75 years, underwent coronary artery bypass grafts. In Group I spinal anesthesia (L5-S1) using hyperbaric 0.5% bupivacaine (0.5mg/ kg) and morphine (5µg/kg) was chosen. In Group II epidural anesthesia (T3-T4) with catheter placement plus ropivacaine (60mg) and morphine (2mg) were employed. For the induction of anesthesia fentanila (4µg/kg), muscle relaxant and propofol (to bring the bispectral index value down to 30) were utilized. General anesthesia was maintained with sevofluorane, maintaining the bispectral index value between 40 and 60. Extubation was programmed at a bispectral index value of 90.Results: All patients were extubated up to one hour after the end of the surgical procedure, 91.6% of them in the operating room. All had the cognitive functions preserved without history of explicit memory or pain (adults and children who were able to speak), nor facial expression of pain (small children). Four (57%) patients in Group I and one (20%) in Group II had post-operative pruritus. Two patients (28%) in Group II had emesis. Conclusions:The results suggest that the technique employed is safe and effective, as long as the criteria for its use are strictly observed.Descriptors: Electro-encephalography. Anesthesia. Cardiovascular surgical procedures. Resumo: Introdução: As técnicas empregadas em cirurgia cardíaca visando a extubação imediata (EI) dependem de analgesia adequada e titulação de drogas anestésicas.Objetivo: A finalidade deste estudo é analisar a EI, utilizando eletroencefalograma (índice bispectral -BIS) para adequar o melhor momento de extubação. ORIGINAL ARTICLE 54Método: Foram analisados 12 pacientes, ASA III, 7 crianças (Grupo I) 58,4%, com idades entre 0 e 7 anos, submetidas a correção cirúrgica de cardiopatias congênitas e 5 adultos (Grupo II), com idades entre 30 e 75 anos, submetidos a revascularização do miocárdio. No Grupo I realizou-se raquianestesia entre L5 e S1 com injeção de marcaína pesada (0,5 mg/kg) e morfina (5µ µ µ µ µg/kg). No Grupo II realizou-se bloqueio epidural entre T3 e T4, com introdução de cateter e injeção de 60mg de ropivacaína e 2mg de morfina. Na indução da anestesia, empregamos: Fentanil 4 µ µ µ µ µg/kg, propofol até BIS igual a 30 e relaxante muscular. A anestesia geral foi mantida com sevoflurano para BIS entre 40 e 60. Foi programada extubação quando o BIS atingisse 90.Resultados: Todos os pacientes foram extubados até 1 hora após o término da operação, sendo 91,6% na sala de operações, com função cognitiva preservada, sem histór...
RESUMO: A lesão do óstio da coronária esquerda pode ser tratada cirurgicamente de duas maneiras : revascularização dos principais ramos arteriais da coronária esquerda (DA, diagonais, circunflexa) , ou ampliando a área estenosada, portanto, realizando um ataque direto à lesão. O presente trabalho apresenta nossa experiência com 4 pacientes portadores de lesão do óstio da coronária esquerda e que foram tratados por ampliação da região lesada. Todos os pacientes eram do sexo masculino, com idades de 56, 59, 61 e 68 anos. Em 3 deles, havia presença de fatores de risco de doença coronária (hipertensão, diabetes, tabagismo) e, em 1, antecedente luético. Dois pacientes apresentavam quadro de angina instável, 1 apresentava angina estável e outro era assintomático, porém com teste ergométrico positivo. Do ponto de vista cinecoronariográfico, todos apresentavam lesão importante (> 70%) do óstio da coronária esquerda, sem lesões obstrutivas nas porções distais. A cirurgia foi conduzida com uso de circulação extracorpórea, hipotermia moderada e solução cardioplégica. Realizou-se aortotomia transversal direcionada posteriormente ao seio de Valsalva coronariano esquerdo, seccionando-se o óstio CE estenosado e prolongando-se até mais ou menos 1 cm pelo tronco da CE. A ampliação foi levada a efeito com segmento de veia safena em 3 casos e, em outro, retalho de pericárdio bovino tratado. O tempo de perfusão variou de 45 a 85 minutos (média de 64 minutos) e o tempo de clampeamento foi de 34 a 62 minutos (média de 45 minutos). Não ocorreram complicações dignas de nota no pós-operatório imediato, não havendo mortalidade hospitalar. Os pacientes evoluem em um período de 3 meses a 1 ano e 8 meses. Todos estão assintomáticos, com vida normal. Os autores concluem que a ampliação do óstio da CE é uma boa opção técnica a ser utilizada em lesões deste tipo, que não se acompanhem de obstruções distais nos demais ramos arteriais. DESCRITORES: óstio da coronária, cirurgia.
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