This article aims to contribute to the subjectivity study of ecovillage dwellers based on the concept of cultural complex. The investigation focused on the complexes that emerged with regard to the individual, collective, and nature, how they developed and were worked on. We rely on the notion of cultural complexes to understand the relationships of individuals with themselves, with others, and with the environment in the community framework. We observed the participants in two ecovillages in Switzerland and one in Brazil. The analyses evidenced that life in ecovillages develops collective complexes that mediate the relationships of individuals with their relevant groups regarding aspects of individuality and collectivity and ways of relating to nature. However, in each community, the physical context and the presence or absence of self-reflection works developed cultural complexes in different ways, producing specific relationships between each individual and their context.
Resumo Este artigo contribui com o estudo sobre subjetividade dos moradores de ecovilas a partir do conceito de complexo cultural. A pesquisa foca nos complexos que emergiram em relação ao indivíduo, ao coletivo e à natureza, procurando entender como eles se desenvolveram e foram trabalhados. Contamos com a noção de complexos culturais para compreendermos as relações dos indivíduos consigo, com os outros e com o meio ambiente em contextos comunitários. Fizemos observações participantes em três ecovilas. As análises nos mostram que a vida em ecovilas desenvolve complexos coletivos que mediam as relações dos indivíduos com os seus respectivos grupos no que tange aos aspectos da individualidade e da coletividade, bem como aos modos de se relacionar com a natureza. Contudo, em cada comunidade, o contexto físico e a presença ou ausência de trabalhos de autorreflexão desenvolviam os complexos culturais de formas distintas, produzindo relações específicas de cada indivíduo com seu contexto.
O entrevistado é o professor Walter Melo, uma referência nacional no estudo da psicologia analítica de C.G. Jung e um dos maiores estudiosos da obra de Nise da Silveira. Ele é professor associado do Departamento de Psicologia (DPSIC), da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), onde coordena dois grupos de pesquisa -Núcleo de Estudo, Pesquisa e Intervenção em Saúde (NEPIS) e Grupo Caminhos Junguianos -e a Cátedra Nise da Silveira. Esses grupos integram terapeutas, artistas e pesquisadores de todo o país que se debruçam sobre temas relacionados à saúde pública e à psicologia analítica. Além disso, o professor orienta pesquisas de iniciação científica para estudantes de graduação em Psicologia da UFSJ e, em âmbito de mestrado, doutorado e pós-doutorado, nos programas de pós-graduação em psicologia da UFSJ e da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Sua trajetória é profundamente marcada por diversas experiências no campo da saúde mental, notadamente na Casa das Palmeiras, clínica fundada por Nise da Silveira.Com o desejo de expandir os conhecimentos como profissionais de psicologia e pesquisadores, os entrevistadores entraram em contato com o professor Walter em diferentes períodos e foram recebidos e acolhidos no Grupo Caminhos Junguianos. Nesse espaço de trocas, encontraram um enorme potencial de crescimento e amadurecimento. Pode-se dizer que as diretrizes de trabalho de Nise da Silveira -liberdade, atividade e afetividade -moldaram a abordagem terapêutica, mas também a conduta do professor Walter como educador e docente.Esta entrevista percorre a trajetória profissional e acadêmica do professor e se organiza em três grandes tópicos: formação profissional; trabalho e pesquisa com a doutora Nise da Silveira; e inserção na universidade. Assim, debatemos sobre práticas no campo da saúde, sua colaboração na Casa das Palmeiras, a intensa e frutífera relação entre psicologia e arte, além de seus projetos e pesquisas no campo da educação.Davi Lira: Boa tarde, professor Walter. É um prazer ter a oportunidade de entrevistar você. Como organizamos nossa entrevista por blocos de perguntas, vou dar início ao primeiro deles, que trata de sua formação profissional. A primeira coisa que gostaria de saber é se existe um acontecimento específico anterior à graduação que marcou sua escolha pela Psicologia.Walter Melo: Não. Lembro que gostava muito de estudar matemática. Talvez por causa do ambiente de casa, pois meu pai trabalhava com contabilidade e meu irmão mais velho fazia engenharia. Todos pensavam que eu estudaria engenharia. Na escola, tive uma experiência de treinamento como técnico de laboratório, o que apontava, por sua vez, para os estudos 1 Esta entrevista está inserida nas atividades da pesquisa "A Construção do Discurso na Obra de Nise da Silveira: relatórios, livros, roteiros de filmes e entrevistas", coordenada por Walter Melo, com financiamento da FAPEMIG.
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