A pandemia da Covid-19 desvelou, de forma inconteste, problemas estruturais do nosso país, dentre tantos, aqueles ligados às condições precárias de ensino e de aprendizagem. Confrontados diuturnamente por um discurso desvalorizante, os/as docentes têm assumido, no contexto atual, importância vital no empreendimento de ações que garantam educação a milhões de estudantes. Afetados/as em sua vida pessoal e profissional, de forma disruptiva, abrangente e intensa, estes/as profissionais são lançados em um enredo que os/as convoca a operar mudanças profundas no modo de ser, pensar e fazer seu cotidiano docente, a partir do ensino remoto. Objetivamos, portanto, responder neste artigo, dentre outras, a seguinte questão: Como professores/as têm dado forma e produzido sentidos ao seu ofício no contexto do ensino remoto? Tomamos como aporte teórico Delory-Momberguer (2012, 2016); Souza e Meireles (2018); Passeggi (2010), dentre outros, e assumimos como um de nossos pressupostos que o ato de narrar é parte constitutiva do humano e possibilita aos sujeitos atribuir sentido e interpretar suas experiências. Convidamos professores/as da Educação Básica a produzirem narrativas escritas ou orais, sobre o contexto do seu trabalho nas condições atuais, os quais fizeram emergir desafios, estratégias, (re)invenções, aprendizagens e possibilidades para um vir a ser.
SãO PAuLO: CORTEZ, 2011. 280 p.Apresento, neste texto, uma resenha do livro Teorias de currículo, de autoria de Alice Casimiro Lopes e Elizabeth Macedo, uma publicação marcante, com notável distinção e elegância. Com efeito, o campo do currículo no Brasil é contemplado com a divulgação de mais uma obra específica, levada a efeito pela editora Cortez, vindo suprir uma lacuna nos cursos de pedagogia e licenciaturas e até nos cursos de pós-graduação em educação.A ousadia de publicar um livro denominado Teorias de currículo é reconhecida pelas próprias autoras, pela complexidade temática, geradora de questionamentos, circunstanciada pelos riscos de inclusões e exclusões próprias ao desafio de apresentarem um texto com essa envergadura. Ao elencarem as motivações para a elaboração da obra, Lopes e Macedo afirmam que a escrita sinóptica cerca-se de muitos riscos, sobretudo porque, entre outras alusões, os "perigos são intensificados numa contemporaneidade em que a ideia de fundamento é posta em xeque" (p. 9). Todavia, a ausência de produções textuais com essa abordagem torna justa a suposta audácia de sua escritura, constituindo-se numa salutar intrepidez, num ato corajoso para tornar possível sua edição.As autoras iniciam o livro situando os muitos perigos que circundam a sua produção, e enfrentam a provocação sem, no entanto, pretenderem fixar sentidos. Relatam a dificuldade na organização e eleição dos temas, tendo em vista a hibridização do campo curricular, RESENHA[18] CP 150 -resenha.indd 107619/02/2014 11:15:28
O presente artigo enfoca resultados de uma pesquisa que buscou analisar construções identitárias de professores(as) universitários(as), a partir de narrativas contidas em memoriais elaborados para progressão na carreira. São enfocados o início da docência, o contexto da escolha profissional, os desafios iniciais, bem como aprendizagens sobre o ser-fazer docente. O aporte teórico-metodológico se ancorou na abordagem (auto) biográfica, a partir de autoras(es) como Passeggi (2008, 2010); Josso (2004); Delory-Momberguer (2012, 2016). Nas escritas de si, destacam-se a solidão e ausência de preparo pedagógico como dificuldades que se impõem no início da trajetória docente; nas aprendizagens acerca do ser-fazer sublinham-se a formação continuada, as relações com estudantes, autores(as) e professores(as)/mestres enquanto oportunidades de aprendizagens quanto ao ensino, à pesquisa e à orientação.
Este texto resulta de uma pesquisa com narrativas (auto) biográficas, tematizando uma questão intrínseca à formação docente nos cursos de licenciatura, relacionada com a avaliação da aprendizagem. Longe de ser um tema restrito à Educação Básica, as problemáticas ligadas à avalição são potencializadas no Ensino Superior, expressando diferentes aspectos do ensinar e aprender e das relações que se estabelecem nos modos de pensar e agir, com consequências muito marcantes para os/as envolvidos/as. Objetivando analisar, através das narrativas (auto) biográficas, implicações das experiências em avaliação da aprendizagem na formação de futuros/as professores/as, o estudo buscou responder à seguinte questão: como experiências em avaliação da aprendizagem influenciam a formação de licenciandos/as, seja na condição de estudantes, seja como futuros/as docentes? Os resultados indicam, de um lado, que na trajetória formativa há reminiscências do ensino tradicional, com pautas autoritárias e classificatórias. Por outro lado, as práticas e atitudes dos/as professores/as dos cursos de Licenciatura exercem potência sobre as construções identitárias dos/as licenciandos/as, indicando a relevância de que a avaliação da aprendizagem deva se consubstanciar em autoavaliação de discentes, mas igualmente, dos/as avaliadores/as. Revelam ainda que as narrativas proporcionam a autoformação, contribuindo para o processo formativo e o desenvolvimento profissional.
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