Introdução: O avanço nas políticas de prevenção e pesquisas em saúde ambiental infantil exige a qualificação de profissionais de saúde com conhecimentos e habilidades sobre riscos à saúde da criança da exposição a contaminantes químicos ambientais. Objetivo: Avaliar se estudantes de enfermagem identificam a relação entre fatores de exposição química e riscos à saúde da criança e se este conhecimento difere conforme o ano de graduação. Método: Estudo transversal com questionário aplicado a 120 estudantes do curso de graduação em enfermagem da Universidade Federal Fluminense, campus Rio das Ostras, Rio de Janeiro, Brasil. A análise estatística envolveu o teste Qui-quadrado, exato de Fisher e Kruskal-Wallis. Resultados: Evidenciou-se diferença significativa no conhecimento dos estudantes entre os cinco anos de graduação sobre os seguintes fatores de exposição: amamentação, uso de drogas durante a gestação e solo com a presença de pesticidas. Destaca-se que, um número maior de alunos do terceiro ano concordou com as assertivas sobre tais fatores. Apesar do conhecimento sobre metilmercúrio ter se diferenciado estatisticamente entre os estudantes dos cinco anos, 44,9% não souberam opinar sobre este xenobiótico. Conclusão: Os participantes dos últimos anos do curso de graduação em enfermagem avaliado não demonstraram conhecimento adequado sobre alguns fatores de exposição química infantil indicando que o contexto formativo não tem ofertado atividades de ensino sobre este tema. Tal desconhecimento dos estudantes revela que a inclusão de conteúdos relativos à saúde ambiental infantil, especialmente da toxicologia, no currículo da enfermagem é fundamental.
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Objetivo: descrever a percepção de graduandos de enfermagem sobre a interface do saneamento ambiental com a saúde humana. Método: Empregou-se o estudo participante, o World Café e a análise temática de conteúdo. Participaram 23 graduandos de enfermagem da Universidade Federal Fluminense, campus Rio das Ostras, no perÃodo de agosto de 2017 a maio de 2018. Resultados: A percepção limitada dos participantes sobre as dimensões fÃsicas, biológicas, toxicológicas, sociais e polÃticas que envolvem a relação saneamento-saúde revela uma formação dedicada ainda ao modelo biomédico e despolitizada das questões socioambientais que repercutem na saúde. Conclusão: Constatou-se a importância da educação ambiental centrada nos estudantes e em metodologias ativas de aprendizagem, com vistas ao pensamento crÃtico e à formação de competências dos futuros enfermeiros para a realização de ações que reduzam as condições de riscos à saúde relacionadas ao saneamento ambiental.
RESUMOO conhecimento sobre a importância de determinantes socioambientais relativos ao acesso e à qualidade dos serviços públicos de saneamento ambiental, escola, lazer, esporte e de saúde para a promoção de saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças infantis é indispensável ao cuidado integral pelo enfermeiro. Desse modo, o presente estudo teve como objetivo verificar se houve diferença no conhecimento de graduandos de enfermagem sobre o grau de importância dos serviços públicos para a saúde da criança. Trata-se de estudo transversal, observacional, descritivo, realizado por meio de autopreenchimento de questionários por 120 estudantes de enfermagem da Universidade Federal Fluminense, campus Rio das Ostras, durante o período de abril a julho de 2017. Foram analisados dados sociodemográficos e dados referentes ao grau de importância dos seguintes serviços públicos: serviços de atenção básica à saúde; serviços hospitalares de saúde; serviços de atenção especializada em saúde; escolas; áreas de esporte e lazer; segurança pública; coleta de lixo; abastecimento de água tratada e rede de tratamento de esgoto. Foi empregada análise estatística descritiva e o teste Qui-quadrado de Pearson e o teste de Kruskal-Wallis, considerando-se p<0,05. Houve diferença apenas nas respostas sobre o grau de importância do serviço de coleta de lixo doméstico para a saúde da criança entre os estudantes dos cinco anos do curso de graduação em enfermagem (p=0,01). O ano de formação do estudante não se revelou como um fator diferencial no conhecimento sobre o grau de importância para a maior parte dos serviços públicos analisados neste estudo. Este fato evidencia que urgem estratégias curriculares voltadas para o processo de ensino-aprendizagem acerca da influência de determinantes ambientais, assim como, o acesso equânime e de qualidade de serviços essenciais à promoção, manutenção, proteção e recuperação da saúde da criança na formação do enfermeiro.
The increasing environmental degradation and the diversity of environmental issues affecting public health in Brazil have required changing the routines and norms of primary healthcare services. The aim of the current study was to explore the perceptions of family health strategy professionals about priority environmental issues associated with risks to the health of local communities. Participatory action research based on the photovoice and focal group techniques and conducted with 28 professionals from two family health strategies in the Casimiro de Abreu County, Rio de Janeiro State, Brazil. Although participants were sensitive to health risk situations associated with inadequate environmental sanitation conditions, they showed limited perception about these risks and about possible actions to be taken in order to change local issues. Professionals of the two localities did not perceive themselves as co-responsible actors for improving the environmental conditions of the territory. There is need of taking contextualized environmental education actions focused on empowering and engaging health professionals, and the investigated community, to reduce health risk conditions through the equal access to sanitation services.
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