An analysis of more than 2,000 speeches and social media posts on foreign policy issues from four members of Jair Bolsonaro’s government from January 2019 to December 2020 suggests that a conspiracy theory called “globalism,” which explains current events using a series of intrigues and stratagems carried out by fictitious enemies to undermine the national order, has not only taken root in Brazil’s foreign policy narrative but consistently been used over time by the cabinet members responsible for that policy. It also indicates that the use of “globalism” is not just a political strategy to persuade voters but a worldview embedded in Bolsonaro’s far-right cabinet. Uma análise de mais de 2.000 discursos e posts provenientes de redes sociais sobre questões da política externa do Brasil por quatro membros do gabinete do governo de Jair Bolsonaro de janeiro de 2019 a dezembro de 2020 indica que a teoria de conspiração denominada “globalismo,” que explica atualidades em termos de uma série de intrigas e estratégias implementadas por inimigos fictícios para minar a ordem nacional, não se arreigou apenas na narrativa exibida na política exterior brasileira mas também se utilizou há anos pelos mesmos membros do gabinete que são responsáveis por sua elaboração. Isso significa que o uso do “globalismo” não é só uma estratégia política para convencer eleitores mas é também uma visão do mundo que é enraizada no gabinete de Bolsonaro cuja origem reside na extreme direita.
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