Neste artigo, pretendemos aproximar a problemática do masoquismo na psicanálise da experiência erótica. A partir do texto de Freud "O problema econômico do masoquismo" (1924), buscaremos diferenciar dois modos distintos de abordagem teórica desta noção. De um lado, situamos um masoquismo mortífero, fruto da submissão ao outro e da culpabilidade, que pode ser definido por meio dos masoquismos feminino e moral. De outro lado, uma outra experiência do masoquismo pode ser vislumbrada com o conceito de masoquismo erógeno, o qual podemos aproximar do erotismo. Este modo de masoquismo é desenvolvido a partir da perspectiva da mescla pulsional, sendo o remanescente do momento do encontro originário entre Eros e pulsão de morte. É condição de possibilidade dos outros dois masoquismos, mas situa-se em um nível estrutural teórico diferente daqueles. Neste sentido, o masoquismo erógeno aponta para um modo de prazer que não se dirige pelo princípio do prazer, mas por um prazer que, por poder existir simultaneamente à dor, é uma experiência de intensidade e de potência eruptiva.
A partir de este artículo de reflexión, intentamos proponer una reflexión sobre el tema de la automutilación a partir del análisis de algunas narraciones de blogs de adolescentes. Utilizando el referencial del campo teórico-clínico del psicoanálisis proponemos que el cortarse puede inscribirse en el registro de la compulsión, donde destacamos el aspecto del estremecimiento de la alteridad, articulándolo a las nociones de “vivencia de indiferencia” y “acto-dolor”. En el artículo exploramos la autodestructividad involucrada en el cortarse, y se presenta una reflexión sobre la automutilación. Se observa en los testimonios citados la referencia al aislamiento y a la ausencia de un destinatario a quien dirigir el dolor psíquico. La articulación teórica se centra en los aspectos del dolor solipsista, del desaliento y de una experiencia de extrañeza con el propio cuerpo que llevan a un movimiento de descarga en el cuerpo, al no encontrar la ruta de la dimensión elaborativa de la psique.
Veremos como o traço da "obstinação" na anorexia mental reflete elementos fundamentais para a compreensão dessa patologia. A recusa, na anorexia, possui a função de reação ativa frente a um outro intrusivo. A negação é compreendida a partir de duas vias: como sustentação do desejo próprio ou como um modo de aniquilação do desejo. No entanto, estas duas vias podem ser pensadas não como contradição, mas como uma fecunda aporia. Do mesmo modo, o tema da "obstinação" é de suma importância para a clínica em geral, conduzindo a uma análise da negação como uma forma possível de relação com o desejo.
This article seeks to raise some central questions about the presence of the body in psychoanalytic clinical practice and contemporary culture. For such, it examines how this problem appears in the social transformations witnessed in the last decades. The biology body and the psychoanalysis body are then compared to emphasize the specificity of the latter. This problem refers to the psychoanalytic notion of the drive body, to the limits of psychic representation in psychoanalysis, and to the assertion that there is, in this field, a basic indiscernibility between the context of the drive and that of representation. In addition to these two aspects, the article highlights the importance of including the biological body as one of the dimensions of the metapsychological body in Freud.
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