A pesquisa teve como objetivo avaliar dados da estrutura fitossociológica associado aos padrões de distribuição espacial de jovens regenerantes do angico Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan presentes em área ciliar de Caatinga no Semiárido paraibano. O levantamento realizou-se ao longo do Riacho da Umburana (7o 45' 15,3'' S e 36o 58' 01,6'' W; 571 m de altitude). Foram dispostas para a pesquisa do banco de jovens 51 parcelas de 1 x 1 m. Nas parcelas inventariadas foram amostradas 30 espécies distribuídas em 23 gêneros e 12 famílias botânicas, além de quatro espécies indeterminadas. Inserida nesta riqueza florística, A. colubrina ficou representada por 19 indivíduos. A Frequência Absoluta (FR) desta espécie foi de 23,53%. A maioria das parcelas (oito) deteve apenas um indivíduo, ficando as demais variando de dois a quatro. Para os dados de classes de altura e diâmetro dos indivíduos amostrados observou-se um comportamento similar para as duas variáveis estudadas, ou seja, ocorreu uma maior distribuição de indivíduos nas classes de menor valor. Portanto, os dados gerados definem relevantes subsídios para os campos da biologia da conservação de A. colubrina e para as estratégias de recuperação de ambientes ribeirinhos degradados no Semiárido brasileiro.
A Caatinga é o terceiro Bioma mais degradado do Brasil. Nessa região a disponibilidade hídrica faz com que as matas ciliares sejam os ambientes mais afetados com a retirada da vegetação para realização de atividades agrícolas. A regeneração natural consiste na interação de processos naturais que resultam na recuperação do ecossistema florestal e seu estudo permite efetuar projeções sobre o desenvolvimento futuro da floresta. Portanto, objetivou-se com este trabalho avaliar o banco de jovens regenerantes em um ecossistema ribeirinho degradado no município de Livramento, semiárido paraibano. A pesquisa de campo foi executada em uma área no município de Livramento/PB, situado na Microrregião do Cariri Ocidental. As atividades foram apoiadas em excursões exploratórias realizadas inicialmente em vários pontos do município, além da análise de cartas e mapas da vegetação. O monitoramento do componente arbustivo-arbóreo regenerante foi realizado mensalmente no período de julho a novembro/2018. O banco de indivíduos jovens foi analisado mediante a implantação de 50 parcelas de 1 X 1 m. Todos os indivíduos jovens lenhosos presentes nestas parcelas, com altura < 1,00 m e DNS < 3 cm, foram etiquetados, numerados e identificados pelo nome científico, medindo-se os valores de altura total com uma régua graduada e para diâmetro utilizou-se um paquímetro digital. Na análise estrutural da vegetação utilizaram-se os seguintes parâmetros: frequência, densidade e classes de altura e diâmetro da regeneração natural. No conjunto das 50 parcelas amostradas no riacho Verde foram registrados e identificados no inventário 19 indivíduos, distribuídos em três famílias, seis espécies, seis gêneros e uma indeterminada. O componente predominante foi o arbóreo. As famílias com maior número de espécies foram Euphorbiaceae com três, seguida por Fabaceae com duas. Das 50 parcelas amostradas, a espécie que obteve a maior frequência foi a Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. (11 parcelas). Relacionado às classes de altura e diâmetro observou-se uma maior distribuição de indivíduos nas classes de menor valor. Para a altura, mais de 40% dos indivíduos se concentraram na menor classe de 0,01 a 0,25 m e o diâmetro seguiu o mesmo padrão, com o maior número de indivíduos na primeira classe (1,01 a 3,00 cm), chegando o percentual acima 45% do total de indivíduos registrados. Observou-se que na parcela 42 ocorreu o maior número de indivíduos (cinco), as parcelas 21, 43 e 45 (três cada), sendo o menor número (um) na parcela 49 e nas demais não houve indivíduos. De modo geral, a área em estudo apresentou uma composição florística com um número reduzido de espécies, quando comparada com outros ecossistemas ribeirinhos, o que demonstra o elevado grau de antropização da área, que acentua cada vez mais o nível de degradação. Portanto, as informações geradas no trabalho se definem como importantes contribuições para as estratégias de restauração de ambientes degradados.
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