Com o início da pandemia da COVID-19, a busca pelo fortalecimento do sistema imunológico teve um crescimento exorbitante, para isto, as pessoas passaram a utilizar medicamentos e suplementos que fornecessem tal benefício, como por exemplo a Vitamina D. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo, avaliar por meio do controle de qualidade, se a Vitamina D 7000 UI de farmácias de dispensação e de manipulação estão dentro dos padrões estipulados pela United States Pharmacopeia e se apresentam a quantidade em UI que garantem possuir. Para tanto, foram testados suplementos de 3 farmácias de manipulação e 3 vitaminas D industrializadas, utilizando os testes que constam na United States Pharmacopeia, sendo eles, o peso médio, teste de desintegração, ensaio de pureza, e o doseamento. Os resultados obtidos foram que, nos testes do peso médio e desintegração, as amostras manipuladas e as industrializados foram aprovados, nos ensaios de pureza e doseamento não foram aprovadas, pois os valores resultantes dessas análises foram discrepantes com aqueles estabelecidos na United States Pharmacopeia. Com isso, concluiu-se que as farmácias magistrais e as indústrias farmacêuticas apresentam falhas em seus respectivos controles de qualidade, o que demanda um olhar especial, visto que tais falhas ocasionam em produtos sem garantia de segurança e efetividade.
A fibromialgia é uma doença de caráter crônico que se caracteriza por dor generalizada e frequentemente incapacitante. Atualmente, a duloxetina é um dos principais medicamentos aprovados para o tratamento dessa condição. Assim, esta revisão sistemática teve como objetivo avaliar a segurança da duloxetina no tratamento da fibromialgia. No total, foram incluídos 18 ensaios clínicos que relataram efeitos adversos em pacientes tratados com duloxetina. Com base nos dados coletados, foi possível identificar que os efeitos adversos mais frequentes foram boca seca (n=14; 77,8%), náusea (n=13; 72,2%) e sonolência (n=10; 55,5%), quando administrado doses diárias de 20 a 120mg do medicamento.
A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave, a SARS-CoV-2. Esta é transmitida por meio de secreções, disseminadas por pessoas infectadas. As principais manifestações clínicas são: febre, tosse seca, cansaço, fadiga, falta de ar, dor de cabeça, náusea ou vômito. Infelizmente, não há até o momento, protocolo farmacoterapêutico para a covid-19, consequentemente, há grande disseminação de informações sobre alternativas terapêuticas sem estudos clínicos ou ainda estudos preliminares. Dessa forma, houvecrescentes taxas de automedicação com fármacos como a azitromicina (AZT), ivermectina (IVT), hidroxicloroquina (HCQ), cloroquina (CQ) entre outros, os quais até o momento não possuem eficácia comprovada frente a doença podendo, até mesmo, gerar efeitos tóxicos. Neste contexto,o objetivo do presente estudo foi avaliar os principais medicamentos utilizados na automedicação da Covid-19, bem como as principais reações adversas que podem ser apresentadas pelos pacientes. Para tanto, realizou-se uma busca sobre os principais fármacos utilizados na farmacoterapia da Covid-19 através do DATASUS. A partir disso, constatou-se que os fármacos mais utilizados foram a HCQ, CQ, AZT e IVT, algumas destas utilizadas em associação. Com base nestes resultados foram avaliadas as possíveis reações adversas e riscos relacionados ao uso destes fármacos. A HCQ na dosagem de 600mg em associação a CQ resultou em aumento da temperatura corporal e prolongamento do intervalo QT, este último parâmetro também foi evidenciado na associação da HCQ com a AZT. Em relação a IVT houve manifestação de distúrbios gastrointestinais, fraqueza muscular, taquicardia, hipotensão, ataxia, rabdomiólise e coma. Contudo, há pouca informação na literatura sobre os possíveis efeitos adversos destes fármacos como automedicação para a doença por se tratar de algo recente. A automedicação acarreta graves riscos à saúde da população, que motivada pelo medo de uma nova doença, busca alternativas farmacológicas sem comprovação científica ou, ainda, que apresentam resultados preliminares, os quais não asseguram seu uso. Vale ressaltar que devido a urgência do estabelecimento de um protocolo terapêutico para a Covid-19, muitos estudos têm sido publicados com resultados divergentes e pequena amostragem o que dificulta a real percepção dos possíveis efeitos terapêuticos e adversos relacionados à farmacoterapia da Covid-19. Diante do exposto, destaca-se a necessidade de demais pesquisas que avaliem os riscos do uso indiscriminado das estratégias terapêuticas utilizadas para o tratamento da Covid-19.
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica autoimune e sistêmica, caracterizada pela produção de autoanticorpos, formação e deposição de imunocomplexos, possuindo várias manifestações clínicas. Sua etiologia não é totalmente compreendida, contudo, sabe-se que fatores genéticos e ambientais influenciam seu desenvolvimento, afetando majoritariamente mulheres durante a idade reprodutiva. Entre as patologias associadas ao LES destaca-se a Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo (SAF) caracterizada por tromboses recorrentes e perdas fetais repetitivas. O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão bibliográfica a fim de relacionar a prevalência e os mecanismos fisiopatológicos da SAF em pacientes com LES. Foi realizada uma revisão sobre a associação da SAF em pacientes lúpicos, utilizando as bases de dados PubMed, Scielo, Google Acadêmico, Ebsco e DynaMed. Os descritores incluíram “systemic lupus erythematosus”, “antiphospholipid syndrome” e “SAF”. O LES é uma doença autoimune, crônica, inflamatória e multissistêmica. Suas principais manifestações clínicas são manchas cutâneas e eritematosas; além de efeitos sistêmicos como fraqueza, febre, anorexia e emagrecimento. Ao acometer órgãos específicos, pode resultar em artrite, cardiopatias, neuropatias, nefrite e distúrbios hematológicos. Por sua vez, a SAF é detectada presença de anticorpos antifosfolipídeos (aPL) detectados por meio de marcadores laboratoriais. Os critérios clínicos para SAF são dados pela presença de trombose vascular e elevada morbidade gestacional. A SAF secundária é comumente associada ao LES com incidência de 50% em pacientes lúpicos, acarretando maiores riscos de desordens vasculares, como a doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral, aterosclerose e trombose, podendo resultar em tromboembolismo. O prognóstico da SAF é condicionado a diversos fatores. Entre os critérios de mau prognóstico cita-se o próprio LES devido a piora clínica estar relacionada a lesões renais, neuropatias, comorbidades cardiovasculares e hematopoiéticas. A SAF, associada ao LES, pode provocar danos em órgãos que antes não eram acometidos. Assim, reduz a qualidade de vida do paciente uma vez que eleva a probabilidade de trombose, morbidades na gestação e disfunções valvares. Pacientes com lúpus que desenvolvem SAF, devido seu caráter trombofílico, apresentam piora em seu prognóstico. Embora, existam poucos estudos, conclui-se que a associação do lúpus com a SAF, gera complicações adicionais ao lúpus por acometer locais distintos as lesões originais, sendo um dos principais fatores de piora no prognóstico. Mais estudo com enfoque nessa área, são necessários para avaliar o estado do paciente lúpico com desenvolvimento da SAF, assim como sua prevenção, tratamento e qualidade de vida.
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica autoimune e sistêmica, caracterizada pela produção de autoanticorpos, formação e deposição de imunocomplexos, possuindo várias manifestações clínicas. Sua etiologia não é totalmente compreendida, contudo,sabe-se que fatores genéticos e ambientais influenciam seu desenvolvimento, afetando majoritariamente mulheres durante a idade reprodutiva. Entre as patologias associadas ao LES destaca-se a Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo (SAF) caracterizada por tromboses recorrentes e perdas fetais repetitivas.O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão bibliográfica a fim de relacionar a prevalência e os mecanismos fisiopatológicos da SAF em pacientes com LES. Foi realizada uma revisão sobre a associação da SAF em pacientes lúpicos, utilizando as bases de dados PubMed, Scielo, Google Acadêmico, Ebsco e DynaMed. Os descritores incluíram “systemic lupus erythematosus”, “antiphospholipid syndrome” e “SAF”. O LES é uma doença autoimune, crônica, inflamatória e multissistêmica. Suas principais manifestações clínicas são manchas cutâneas e eritematosas; além de efeitos sistêmicos como fraqueza, febre, anorexia e emagrecimento. Ao acometer órgãos específicos, pode resultar em artrite, cardiopatias, neuropatias, nefrite e distúrbios hematológicos. Por sua vez, a SAF é detectada presença de anticorpos antifosfolipídeos (aPL) detectados por meio de marcadores laboratoriais. Os critérios clínicos para SAF são dados pela presença de trombose vascular e elevada morbidade gestacional. A SAF secundária é comumente associada ao LES com incidência de 50% em pacientes lúpicos, acarretando maiores riscos de desordens vasculares, como a doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral, aterosclerose e trombose, podendo resultar em tromboembolismo. O prognóstico da SAF é condicionado a diversos fatores. Entre os critérios de mau prognóstico cita-se o próprio LES devido a piora clínica estar relacionada a lesões renais, neuropatias, comorbidades cardiovasculares e hematopoiéticas. A SAF, associada ao LES, pode provocar danos em órgãos que antes não eram acometidos. Assim, reduz a qualidade de vida do paciente uma vez que eleva a probabilidade de trombose, morbidades na gestação e disfunções valvares. Pacientes com lúpus que desenvolvem SAF, devido seu caráter trombofílico, apresentam piora em seu prognóstico. Embora, existam poucos estudos, conclui-se que a associação do lúpus com a SAF, gera complicações adicionais ao lúpus por acometer locais distintos as lesões originais, sendo um dos principais fatores de piora no prognóstico. Mais estudo com enfoque nessa área, são necessários para avaliar o estado do paciente lúpico com desenvolvimento da SAF, assim como sua prevenção, tratamento e qualidade de vida.
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