Os recursos naturais sempre foram bem aproveitados pelo ser humano desde os primórdios da humanidade. Nos dias de hoje, no entanto, diante da agricultura de larga escala, da globalização e da carência de informação, a humanidade tem deixado de usufruir de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs), o que significa um mal aproveitamento desses recursos naturais. Em relação a essa problemática, foi proposta, por meio de ações de um projeto de extensão, a discussão sobre o conhecimento e consumo destes alimentos com famílias participantes de um Centro de Referências de Assistência Social (CRAS). Para isso, foram realizadas oficinas em formato de rodas de conversa objetivando a divulgação das PANC e o aumento de seu consumo. A discussão sobre o aproveitamento dos benefícios se deu principalmente por meio da tradição popular e de receitas culinárias, o que permitiu trabalhar a Educação em Saúde no território. O número de participantes por encontro variou de 10 a 12 pessoas. As ações do projeto de extensão nas comunidades tiveram como base o respeito e a valorização dos aspectos sociais, culturais, nutricionais e econômicos e permitiram a ressignificação das PANC, o que pode representar uma mudança de hábitos alimentares. Essas ações também contribuem para o conhecimento e preservação da biodiversidade nacional e reforçam a importância das trocas de saberes na construção de conhecimento entre profissionais da saúde, acadêmicos e comunidade.
Resumo: Quando falamos em produção de subjetividades, o cinema ocupa um lugar de destaque nos agenciamentos macro e micropolíticos que nos territorializam e desterritorializam constantemente, pois, sendo composto por um contínuo entre realidade e ficção, esse dispositivo virtual se atualiza como um potente problematizador das relações que estabelecemos nos diferentes contextos sócio-histórico-políticos e culturais. Diante disso, este trabalho busca problematizar como o filme Tomboy (2011) apresenta as questões de gêneros, sexualidades, corporalidades e produção de subjetividades singulares/normativas na infância trans. Propomos, então, uma análise inspirada pela Filosofia da Diferença, pela epistemologia dos estudos de gêneros e pelos Estudos Queer visando as narrativas imagéticas, políticas, poéticas, éticas, afetivas e lúdicas das experiências e transversalidades da criança trans protagonista dessa obra cinematográfica francesa. Discutiremos a construção de corporalidade e as resistências e transgressões possíveis para uma criança que foge ao binarismo do sistema sexo/gênero e se produz em um campo possível em que os conceitos estanques de homem/masculino e mulher/feminino dificultam a expressão do desejo e construção de uma estilística da existência singular.
O acesso à justiça, segundo a Constituição Federal Brasileira, constitui-se como um direito fundamental de todas as pessoas residentes no país, mesmo que estas não possuam condições financeiras para custear tais serviços. Desse modo, por meio da Defensoria Pública, é dever do Estado garanti r a assistência jurídica integral e gratuita às pessoas de baixa renda ou que apresentam hipossuficiência de defesa jurídica, assim como a defesa de grupos em contextos/situações de vulnerabilidades sociais, destinatários de políticas públicas que propagam os Direitos Humanos e a Cidadania. Nesse contexto, a Psicologia se configura como um recente campo de atuação no âmbito jurídico, relacionando-se e estabelecendo intersecções com o sistema de justiça. Atualmente, as demandas jurídicas têm ampliado o campo de atuação da(o) psicóloga(o), o que possibilita o crescimento das possibilidades e práticas vigentes, sendo a prática de atenção psicossocial uma das propostas atuais no contexto judicial. Assim, o presente artigo versa sobre as ações extensionistas realizadas no âmbito da Defensoria Pública – Núcleo Criminal do município de Rondonópolis-MT, as quais têm por objetivo principal oferecer e promover um trabalho psicossocial, alicerçado pelo arcabouço teórico-metodológico esquizoanalista e de autores pós-estruturalistas, com uma população em vulnerabilidade social, alvo de discriminações, negligenciada historicamente e que encontra muitos obstáculos para ter seus direitos fundamentais respeitados. Os resultados indicaram a emergência da intersecção entre saberes e políticas públicas na resolução e encaminhamento de questões sociojurídicas. A parceria entre as/os extensionistas de Psicologia e profissionais da Defensoria Pública despontou como um potente intercessor de práticas de atenção individual e coletiva.
No abstract
Resumo: O programa de ações extensionistas (Trans)ações entre devires e deveres: atendimento psicossocial ampliado com população LGBT em contexto de privação de liberdade está alocado no Laboratório Esquizoanalista de Produção de Subjetividade e(m) Interseccionalidades (LEPSI). Por meio do tripé teoria-prática-supervisão, este programa oferece atendimento psicossocial ampliado a pessoas LGBT em contexto de privação de liberdade em uma unidade prisional localizada na região sul do estado de Mato Grosso. Tais ações visam minimizar sofrimentos psicossociais provenientes de homo-lesbo-bitransfobias, além de possibilitar, por meio de ações socioeducativas, a potencialização da vida, de modo a produzirem transformações na vida institucional e egressa dos reeducandos. Apoiamo-nos no posicionamento teórico-metodológico esquizoanalista (método cartográfico) e desenvolvemos ações convergentes e complementares, tais como: atendimento individual; construção de horta comunitária; projeto clube de leitura e remição; projeto de autogestão da ala; e oficinas socioeducativas e rodas de conversa sobre vivência LGBT, Direitos Humanos e Cidadania, empregabilidade, saúde, vida institucional e egressa que emergem em problematizações relacionadas às vulnerabilidades pessoais, sociais, programáticas e institucionais. Percebemos, com tudo isso, que o programa contribui para o fortalecimento de um espaço pensado para que as pessoas LGBT em situação de aprisionamento possam vivenciar a vida institucional carcerária e a ressocialização com os efeitos da homo-lesbo-bi-transfobia reduzidos.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.