Objetivo: avaliar o estado nutricional e o consumo alimentar de idosos institucionalizados, verificando-se possíveis relações entre eles. Metodologia: tratou-se de um estudo transversal descritivo com abordagem quantitativa, envolvendo 48 idosos. Foi avaliado peso (P), altura (A), índice de massa corporal (IMC), circunferências do braço (CB), panturrilha (CP) e cintura (CC), dobra cutânea do tríceps (DCT), e circunferência muscular do braço (CMB). O recordatório alimentar de 24h de três dias (R24h) foi utilizado para análise do consumo alimentar. A correlação de Spearman foi aplicada para verificar a relação entre antropometria e consumo alimentar. Resultados: foi encontrado que a maioria dos idosos estava com sobrepeso, adiposidade abdominal e desnutrição segundo a avaliação da CB e da CMB. A CP estava dentro da normalidade, e a DCT indicou obesidade apenas entre os homens. Encontrou-se consumo insuficiente de fibras, cálcio, vitaminas D e E, enquanto gordura saturada, ferro e proteínas (g/kg) estavam acima da recomendação em ambos os sexos. Houve correlação fraca das variáveis antropométricas com a caloria total, macronutrientes e fibras. Conclusão: pôde-se confirmar o estado nutricional dos idosos institucionalizados, marcado por excesso de peso coexistente com perda muscular, e conclui-se que este esteja relacionado à distribuição dos macronutrientes, principalmente, no que se refere ao percentual de lipídeos e carboidratos. Sugere-se que este quadro esteja agravado pelo sedentarismo dos idosos, uma vez que o consumo aumentado de proteínas não preveniu a perda de massa muscular.