Atualmente o consumo de drogas lícitas e ilícitas tem aumentado mundialmente. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) o uso de drogas é considerado um problema de saúde pública. Fatores como condição socioeconômica, relações sociais e familiares, nível de escolaridade e o meio em que o indivíduo convive, precisam ser levados em consideração. O uso de droga não afeta somente a vida social e familiar, mas também a saúde geral do indivíduo, inclusive a saúde bucal. Desta forma, o presente artigo tem por objetivo, através de uma revisão de literatura, ressaltar as principais drogas de uso popular, bem como, as principais manifestações bucais de interesse clínico para o cirurgião-dentista, uma vez que, ainda é pequeno o número de estudos que contemplam a área odontológica.
Sabe-se que o câncer é uma das doenças que mais afeta a população brasileira, é extremamente necessária uma maior atenção com relação ao diagnóstico precoce de lesões pré-malignas, como leucoplasia, eritroplasia e queilite actínica. Todas elas têm como causas além de fatores intrínsecos ao indivíduo, o envolvimento de fatores ambientais. Dentre estes, a radiação solar é uma das mais importantes, principalmente, no desenvolvimento da queilite actínica, que é ocasionada pela exposição excessiva à radiação solar sem fatores de proteção, desse modo, é importante a realização de estudos sobre as lesões em populações específicas como é o caso dos trabalhadores rurais. O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão de literatura acerca da queilite actínica em trabalhadores rurais, abordando características clínicas, histológicas, dados de prevalência e uso de fatores de proteção. A metodologia foi pautada em uma coleta de dados através de artigos publicados entre os anos de 2001 a 2020, nas bases de dados PUBMED (Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos), da SCIELO (Scientific Electronic Library Online), Google Acadêmico e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Dados da literatura mostram a maior predisposição dos trabalhadores rurais ao desenvolvimento de queilites, necessitando de conhecimento dos profissionais da saúde sobre as características clínicas para realizar o diagnóstico precoce e dar orientações e instrução os portadores.
Dentre todas as patologias que afetam o sistema estomatognático, a disfunção temporomandibular (DTM) é bastante prevalente na população brasileira. As causas de DTM são várias, dentre elas as doenças psicossomáticas, que podem iniciar ou mesmo intensificar um quadro de disfunção já instaurado, inclusive pelos efeitos colaterais decorrentes do tratamento dessas alterações psicológicas. Este trabalho objetivou, através de um estudo clínico, avaliar a prevalência de doenças psicossomáticas, seus efeitos colaterais do tratamento e revisar a literatura sua relação com a DTM. Estudo observacional, Cross-sectional (transversal/prevalência) realizado nas Clínicas de Odontologia da Universidade Paranaense – UNIPAR campus Cascavel, no período de março de 2015 a agosto de 2016. Os voluntários preencheram um questionário referente à sua condição sistêmica, hábitos nocivos e higiênicos, os dados foram submetidos à estatística descritiva em planilhas do software Excel for Windows. Os resultados mostraram que 42,7% possuíam alguma alteração sistêmica, dentre estes, 6,30% eram portadores de doenças psicossomáticas, a depressão foi a mais prevalente (96%) seguido de ansiedade (4%), ao passo que 45% relataram possuir xerostomia. Portanto, o número de portadores de doenças psicossomáticas é consideravelmente alto, bem como efeitos colaterais referentes ao tratamento, sendo necessário uma análise criteriosa do paciente, pois podem acarretar danos à saúde bucal e também à Articulação Temporomandibular.
A hipertensão arterial (HA) é uma doença crônica, determinada por níveis pressóricos acima de 140/90 mm/Hg. Dados do Ministério da Saúde (MS) revelam que mais de 30 milhões de brasileiros sofrem de HA diagnosticada e estima-se que mais da metade desconhecem a presença da doença ou não fazem tratamento. O presente trabalho se objetivou em avaliar a prevalência de pacientes hipertensos atendidos pelas clínicas odontológicas da UNIPAR, bem como revisar a literatura a respeito de alterações bucais ocasionadas pelo uso de anti-hipertensivos e o uso de anestésicos locais (AL) com ou sem vasoconstritor (VS). Estudo transversal/prevalência, onde a pesquisa foi realiza nas clínicas odontológicas da UNIPAR campus Cascavel, onde os voluntários foram orientados a preencherem um formulário estruturado referente à sua condição sistêmica, hábitos noviços e de higiene, os dados obtidos foram tabulados e submetidos à análise estatística. Dos 854 voluntários, 57,25% (n=489) não apresentaram alterações sistêmicas, 42,74% (n=365) apresentaram alterações sistêmicas, dos quais 38,22% (n=133) indivíduos possuíam hipertensão. Pode se concluir que o cirurgião dentista (CD) dentro deste contexto tem um importante papel no diagnóstico de pacientes com essa condição, visto que em sua grande maioria desconhecem serem portadores da doença. É relativamente alta a prevalência de hipertensos que procuram atendimento odontológico. Além disso, é importante controlar a ansiedade do paciente, seja de forma oral ou inalatória, ter boa técnica anestésica e cuidado na escolha das medicações que serão utilizadas no pós-operatório.
A recessão gengival é um problema cada vez mais frequente nos consultórios odontológicos e acarreta diversos danos ao paciente portador, tanto estéticos quanto funcionais. O tratamento das recessões é cirúrgico, e o enxerto com tecido conjuntivo autógeno, considerado o padrão ouro, embora recentemente os biomateriais venham se apresentando como uma opção promissora, promovendo mais conforto ao paciente, e são capazes de otimizar o ato cirúrgico, pois a quantidade é ilimitada. Entre os substitutos, o Mucoderm®, constituído de uma matriz colágena suína, tem ganhado destaque e ótima eficiência clínica. Objetivo: Apresentar por meio de um relato de caso um procedimento cirúrgico para o tratamento de recessões gengivais RT1 usando uma matriz de colágeno. Relato de caso: Paciente P.C.H.M., gênero feminino, 35 anos, portando múltiplas recessões gengivais RT1. O procedimento cirúrgico foi realizado pela técnica do túnel associado ao biomaterial. Acompanhou-se o caso por nove meses. Conclusão: Após nove meses, o Mucoderm® demonstrou ótimo desempenho clínico no recobrimento radicular e diminuiu o tempo operatório, bem como a morbidade do paciente, uma vez que evita a necessidade de um segundo leito cirúrgico. Sendo assim, apresenta-se como uma boa opção aos enxertos autógenos.
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