2As atividades de mineração no mar podem causar diversos tipos de impactos ambientais aos ecossistemas marinhos, principalmente devido à destruição de habitats, que é um dos principais fatores que causam o declínio do número de espécies em todo o globo. Além de interferir diretamente no fundo submarino, as atividades de mineração podem causar um aumento da turbidez da água, com conseqüências para a produtividade primária local. Podem, introduzir e promover a liberação de nutrientes, causando a eutrofização e também a introdução de substâncias tóxicas, que quando incorporadas à biota, alteram o crescimento, a taxa de reprodução e a sobrevivência das espécies. Os métodos para identificação dos impactos ambientais das atividades de mineração no mar visam estabelecer se estas introduzem poluentes, determinar a biodisponibilidade desses poluentes, verificar a existência de respostas mensuráveis do ambiente e estabelecer a relação causal entre resposta e poluentes. Estes métodos empregam três abordagens: mensuração de concentrações de poluentes no meio físico (água e sedimento) e biótico (bioacumulação); estudos de laboratório ou de campo que visam estabelecer a existência de respostas toxicológicas dos organismos aos poluentes; e estudos de campo sobre modificações na estrutura e processos dos ecossistemas. Palavras-chave:Ecossistemas marinhos, Impacto ambiental, Mineração marinha. ENVIRONMENTAL IMPACTS FROM THE MARINE MINERAL EXPLORATION -
Os depósitos ferromanganesíferos (nódulos polimetálicos e crostas cobaltíferas) são considerados recursos minerais muito promissores pelos altos conteúdos de metais importantes, como Ni, Co, Cu e Mn. Entretanto, apresentam extrema variabilidade de distribuição, morfologia, propriedades físicas, químicas e mineralógicas, o que interfere sobremaneira nos processos de mineração e de tratamento de minério. A investigação sistemática dos principais depósitos, no Pacífico e Índico, nos últimos 30 anos, permitiu identificar os fatores de controle da formação dos campos de nódulos e dos pavimentos de crostas polimetálicas. Uma revisão resumida desse conhecimento é apresentada neste trabalho. A condição inicial básica para a formação dos depósitos é a combinação de localização de fontes de metais com circulação oceânica superficial para prover Fe, Mn e elementos menores como Na, Ca, Sr, Ni, Cu, Co, Mo. Os processos de precipitação podem ser hidrogenéticos e/ou diagenéticos. No processo hidrogenético, formam-se oxi-hidróxidos coloidais complexos, enriquecidos em Fe e Co que precipitam diretamente sobre os topos de nódulos ou formam crostas sobre superfícies de afloramentos rochosos expostos por milhões de anos à ação de correntes, em encostas de montes, cristas e platôs submarinos. Nas baixas latitudes, zonas de produtividade primária superficial baixa a moderada favorecem processos biogênicos e diagenéticos de crescimento de nódulos enriquecidos em Mn, Ni e Cu. A profundidade do assoalho oceânico varia geralmente de 4.000 m a 5.500 m, na faixa ou abaixo da profundidade de compensação de carbonato. Topografia local irregular e sedimentação terrígena desprezível possibilitam o crescimento e o enriquecimento metálico de nódulos. As condições geológicas e oceanográficas do Atlântico Sul são mais favoráveis aos processos hidrogenéticos de formação de crostas cobaltíferas. Porém, somente com estudos sistemáticos será possível avaliar adequadamente o potencial de depósitos de Fe-Mn de mar profundo, nesta região. Palavras-chave:Recursos Minerais Marinhos; Nódulos polimetálicos; Nódulos de manganês; Crostas polimetálicas. Ni, Co, Cu, Mn, Pt, Tl, Te, and other metals. Nevertheless, they show so variable distribution, morphology, and physical, chemical, and mineralogical DEEP-SEABED FERROMANGANESE DEPOSITS -Deep-seabed Fe-Mn deposits are very promising mineral resources due to their high contents of important metals as
Os oceanos cobrem cerca de 71% da superfície da Terra, representando assim um ecossistema de reconhecida importância para o homem. Os oceanos dispõem de uma enorme fonte de recursos vivos e não vivos, bem como são responsáveis pelo saldo positivo de oxigênio na atmosfera através do metabolismo planctônico e pelo balanço climático resultante da distribuição e temperatura das massas d'água.Doze das vinte maiores áreas urbanas do mundo estão localizadas dentro de um raio de 160 km da linha de costa, o que demonstra uma crescente relação do homem com os oceanos sob os mais diferentes aspectos, incluindo não só a pesca, o transporte, o lazer, a segurança, mas também a explotação mineral. Somente o Brasil possui cerca de 8.000 km de litoral, o que lhe confere uma posição estratégica privilegiada em termos da explotação sustentável dos recursos do mar.Em termos de recursos minerais, o sal presente na água dos oceanos é por si só um bem mineral e fonte sustentável de elementos economicamente importantes, como por exemplo, Cl, Na, Mg, K, Br, Sr e B. Entretanto, até o presente, os únicos elementos comercialmente extraídos da água do mar em grande escala são o sódio (Na), cloro (Cl), (Mg) e bromo (Br).Embora a água do mar seja rica em elementos de valor econômico, a maioria dos recursos minerais encontrados nos oceanos estão relacionados a ambientes geológicos específicos, e, portanto, à interação entre a água do mar e outros agentes, tais como aporte sedimentar de rios, atividade biológica e magmatismo. Desta forma, diversos mecanismos de enriquecimento, os quais muitas vezes agem conjuntamente, levam Entretanto, a despeito das três decadas de intensa pesquisa nos oceanos, o potencial econômico dos recursos minerais marinhos ainda está abaixo daquele estimado por diversos relatórios na década de 70. Salvo o petróleo que possui importante papel na produção mundial de energia, somente alguns depósitos minerais marinhos têm sido minerados economicamente: os placers de minerais pesados, as areias e cascalhos, as conchas calcárias, os evaporitos e depósitos de fosforitas. Todavia, os depósitos minerais marinhos em geral, podem representar um importante recurso a médio e longo prazo, dependendo de conjunturas internacionais, e, portanto, merecem total atenção no que diz respeito aos estudos relacionados à sua atual exploração e explotação. A distribuição, concentração e gênese desses depósitos servem inclusive como modelo para a caracterização dos depósitos de origem marinha, atualmente encontrados no continente. Por estes motivos, os recursos minerais marinhos hoje devem ser entendidos como um recurso predominantemente estratégico.O governo brasileiro através da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM) está atento a este assunto e criou, em 1997, o Programa REMPLAC para promover o efetivo conhecimento dos recursos minerais da margem INTRODUÇÃO
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