RESUMO As ações afirmativas de promoção da igualdade racial ressignificaram a luta pelo direito à educação no Brasil. A entrada de sujeitos pertencentes a coletivos diversos e historicamente tratados como desiguais no ensino superior, a presença de pessoas negras nos concursos públicos da administração federal por meio da implementação das cotas raciais, as várias iniciativas de ensino de história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas da Educação Básica, bem como os direitos garantidos no Estatuto da Igualdade Racial, têm feito emergir diversos conhecimentos e experiências produzidos pelos sujeitos negros nas suas vivências políticas, sociais e culturais. Tudo isso tem transformado a ciência, a educação e a sociedade.
RESUMOOs processos educativos e de formação político-identitários reproduzidos no interior de cada comunidade remanescente de quilombo, juntamente com as experiências advindas dos movimentos sociais quilombolas, são aspectos indispensáveis na discussão de implementação de uma modalidade escolar quilombola. Partindo de um estudo de caso, apresentaremos resultados das observações oriundas da comunidade quilombola de Carrapatos da Tabatinga e do movimento quilombola mineiro, bem como da pesquisa de dissertação de mestrado em Educação e da trajetória profissional na ONG Cedefes e na N'Golo. Para tanto, utilizamos por método a observação participantes, além de trechos de entrevistas centradas no problema, realizadas no campo de pesquisa. Dentre os resultados apresentados, buscaremos enfatizar as formas de se educar construídas nas trocas cotidianas e nas interações com as mobilizações políticas, sendo ambas importantes produtoras de pedagogias próprias, que se relacionam diretamente às reinvindicações e aos aspectos tradicionais presentes nas comunidades quilombolas, sendo parte de uma cosmovisão africana. Em constante diálogo, comunidades e movimento nos instigam a reconhecer formas alternativas de formação de sujeitos engajados, que se reconhecem enquanto quilombolas e que são responsáveis diretos pela preservação dos saberes-fazeres construídos nos espaços de suas respectivas comunidades. Palavras-chave: Processos educativos. Movimento quilombola. Formação identitária. Educação quilombola.ABSTRACT
O avanço das lutas do Movimento Social Negro no contexto da redemocratização da sociedade brasileira oferece o argumento central para o artigo, que reflete acerca do sentido histórico da educação das relações étnico-raciais como forma de enfrentamento do racismo e das desigualdades sociais naturalizadas por essa ideologia. O artigo discute as implicações dessa demanda a partir da aprovação da Lei 10.639/2003, que altera o disposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação para instituir a obrigatoriedade do ensino de história da África e culturas afro-brasileiras nas etapas e modalidades da educação básica. Conclui-se identificando alguns desafios postos para a atividade dos professores, descrevendo algumas iniciativas no campo da formação docente que têm possibilitado o desenvolvimento de práticas pedagógicas pautadas pelo reconhecimento e valorização da diversidade étnico-racial.
RESUMO: Tendo em vista o processo de implantação de um programa de mestrado profissional numa universidade pública, as reflexões propostas nessas “palavras abertas” visam a problematizar a relação entre teoria e prática inerente a essa modalidade de pós-graduação stricto sensu considerando, dentre outros aspectos, o perfil dos sujeitos ingressantes. Na abordagem desenvolvida no artigo, destacam-se a atenção a ser conferida aos mestrandos em virtude de suas vinculações a atividades de trabalho, que se relacionam com os projetos de pesquisa e intervenção, bem como a reflexão epistemológica acerca da postura inter / transdisciplinar a ser adotada no desenvolvimento da disciplina Metodologia de Pesquisa, que subsidia a realização do trabalho final do curso de mestrado profissional. Nesse sentido, fundamenta-se teoricamente esse desafio a partir da abordagem ergológica, que concebe o trabalho como atividade humana, refletindo sobre processos de reconhecimento e validação de saberes.
Esse artigo apresenta resultados de uma pesquisa de mestrado em educação, realizada entre 2018 e 2019, que objetivou compreender como aulas e atividades propostas por professores de sociologia do ensino médio têm contribuído para o desenvolvimento de uma educação das relações étnico-raciais tendo em vista a implementação da Lei 10639/03. O tema da formação docente e relações étnico-raciais se fez presente de forma recorrente na pesquisa. Esse artigo aborda implicações dessa lei para formação docente considerando as diretrizes que orientam essa formação. Foram entrevistados 7 (sete) professores de sociologia do ensino médio em atividade na capital mineira e Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os dados da pesquisa revelam que, não obstante a obrigatoriedade do ensino de história da África e cultura afrobrasileira, a formação inicial vivenciada pelos sujeitos da pesquisa não contempla, de forma satisfatória, a abordagem do tema.
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