Estudos da literatura defendem a importância de práticas de leitura e escrita em aulas de Física, que podem assumir diferentes funções e finalidades na escola. Esta pesquisa analisa perspectivas de diferentes sujeitos, professor e estudantes de um contexto escolar, sobre as contribuições e dificuldades de considerar essas práticas para ensinar e aprender física em aulas da disciplina no Ensino Médio. Compreendendo leitura e escrita como práticas socioculturais e escolarizadas e adotando o conceito de cultura escolar, realizouse o estudo em uma escola pública, em três turmas de terceiro ano. Os instrumentos utilizados foram observações de aulas, intervenção no contexto e entrevistas com 14 estudantes e com o professor, analisando-se as perspectivas desses diferentes sujeitos escolares sobre a temática, à luz do conceito de cultura escolar e da escola. A partir das análises, dentre vários elementos, evidencia-se que nas vozes desses sujeitos, a leitura permite melhor compreensão e ampliação dos olhares sobre os conceitos, enquanto a escrita auxilia na memorização e expressão do conhecimento. A intervenção evidenciou que é possível inserir tais práticas nas aulas de Física, de modo a ampliar as contribuições para o ensino-aprendizagem, explorando outros aspectos relacionados aos conceitos estudados. As dificuldades evidenciadas, por sua vez, referem-se principalmente à relação dos estudantes com essas práticas, à formação docente e a uma cultura escolar que influencia o seu uso, dentro de uma cultura já estabelecida nesta disciplina.Palavras-chave: Leitura; Escrita; Ensino de Física; Cultura escolar. Literature reviews defend the importance of reading and writing practices in Physics classes, which can assume different roles and purposes in the school. This research analyzes perspectives of different subjects, teacher and students, about the contributions and difficulties of considering those practices when teaching and learning Physics in classes of this discipline in high school. Assuming reading and writing as sociocultural and schooling practices and adopting the concept of School Culture, the research was carried out in a public school, in three classes of third year of High School. The
Neste estudo, considerando a inter-relação entre epistemologia e linguagem, a partir das teorias de Ludwik Fleck e Mikhail Bakhtin, propomos uma trajetória analítica para textos que circulam conhecimentos científicos. Para isso, primeiramente damos visibilidade ao modo como Fleck entrelaça o social, a linguagem (e o texto) e o epistemológico. Em seguida, apresentamos elementos da filosofia da linguagem de Bakhtin que podem aprofundar analítica e teoricamente a dimensão social-linguística das produções textuais na ciência. Essa articulação teórica, entre tais autores, é sistematizada por meio de questões que podem possibilitar a pesquisadores e professores, do Ensino Superior ou Educação Básica, refletir sobre o papel dos diversos textos que circulam conhecimentos científicos. Estudar a materialidade dos textos que circulam a ciência pode contribuir para o processo de produção, incorporação e mediações de leituras de tais materiais nos diversos contextos de ensino-aprendizagem das disciplinas de Ciências da Natureza; assim como para a construção de conhecimentos no campo de pesquisa em Educação Científica.
Este trabalho problematiza percepções de licenciandos em Física sobre a leitura e escrita de textos no ensino e na aprendizagem de física. Estudos têm indicado dificuldades que professores enfrentam ao utilizar esses processos, que podem estar ligadas com a não usualidade dessas práticas na própria formação inicial desses profissionais. São analisadas respostas de oito estudantes a um questionário organizado em três partes: a primeira visa conhecer o perfil do estudante, a segunda suas concepções sobre o uso e importância da leitura e da escrita na sua aprendizagem de conceitos físicos e formação profissional, e a terceira, suas percepções sobre essas práticas no Ensino Médio (colocando-se como futuro professor). As reflexões são construídas tendo em vista a teoria de Vigotski sobre leitura e escrita, assumindo-as como práticas socioculturais. Os resultados indicam que para estes futuros professores a leitura é considerada importante para a aprendizagem, principalmente pela compreensão conceitual que ela proporciona. A escrita de textos é vista como mais um recurso e, principalmente no Ensino Superior, associada à memorização de informações. O trabalho alerta para a necessidade de ampliar o olhar desses futuros professores sobre a leitura e a escrita através de discussões da temática durante sua formação inicial, além de incentivar o seu uso na aprendizagem de física, como alunos que são da Licenciatura.
Estudos da literatura apontam a potencialidade do ensino da Astronomia pela perspectiva da interdisciplinaridade, porém sua inserção no Ensino Médio ocorre, em geral, de forma disciplinar na Física. Este artigo tem como objetivo analisar as perspectivas de dois professores de Física e Matemática sobre a inserção do tema Astronomia, por meio da interdisciplinaridade entre essas disciplinas, no currículo do Ensino Médio da Educação Básica. O estudo tem bases referenciais sobre interdisciplinaridade e sobre a Educação em Astronomia. Trata-se de uma investigação qualitativa de natureza exploratória. Participaram desta pesquisa, respondendo a um questionário, dois professores atuantes no Ensino Médio da rede pública de ensino. Os resultados da análise realizada evidenciam justificativas e potencialidades para o ensino da Astronomia de forma interdisciplinar, todavia, pensar a inserção da Astrofísica e Cosmologia parece mais trabalhoso. Apontamos dificuldades relacionadas à formação dos professores, sobre o conteúdo específico, e às condições para a inserção de propostas com esse viés. Sinalizamos que a construção de materiais de apoio didático que envolvem Astronomia, Astrofísica e Cosmologia de forma interdisciplinar pode tornar mais viável a inserção desses temas por essa perspectiva na Educação Básica.
Resumo Apresentamos possíveis interpretações sobre como as diretrizes para os cursos de Física e as diretrizes curriculares nacionais de formação inicial de professores indicam a leitura para os cursos de formação de professores. Argumentamos que várias competências e habilidades apontadas estão relacionadas à linguagem e perpassam conhecimentos sobre formas textuais e práticas de leitura. Ao final, apontamos como a leitura aparece na Base Nacional Comum de Formação, publicada em 2019, que deve orientar os futuros cursos de formação inicial. Em tal documento, a leitura está proposta como uma competência a ser desenvolvida em uma perspectiva prescritiva e técnica.
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