O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil dos consumidores do Alto Pantanal sul-mato-grossense, comparando o consumo e o local de aquisição das carnes de bovinos, aves, suínos, caprinos/ovinos e pescado. O estudo foi realizado no município de Aquidauana, localizado no Alto Pantanal sul-mato-grossense, com dados coletados entre agosto e novembro de 2015, por meio de questionário nos locais de comércio, com a participação de 501 consumidores. A carne menos consumida pelos entrevistados foi o pescado (31%) e a mais consumida, a carne bovina (84%). O principal fator citado para o consumo da carne bovina foi o sabor (60%). Para a carne de frango, o principal fator que influencia positivamente o consumo foi o custo (37%), sendo este fator também citado para o pescado, porém influenciando negativamente o consumo (16%). Observou-se que 38% dos entrevistados possuem preferência pelo mesmo estabelecimento para a aquisição de carne, e que a aparência da peça é o principal atributo para a sua aquisição (34%). Sobre a existência de selos de certificação de carne, 54% dos entrevistados declararam conhecer sua existência. Com relação aos cortes comerciais, a picanha bovina (Biceps femoris) foi o corte com a maior distância entre os valores de preferência e de consumo, sendo preferido por 12,8% dos consumidores, mas adquirido por somente 1,8%. Em contrapartida, para os cortes de frango o preferido foi o de maior consumo. Os consumidores do Alto Pantanal sul-mato-grossense apresentam como preferência de consumo a carne bovina. A facilidade de crédito nos estabelecimentos de comércio de carne é um fator relevante para a fidelização dos consumidores nesses estabelecimentos. A praticidade, a disponibilidade, o custo e o sabor da carne são fatores que influenciam a escolha por uma determinada espécie animal. Os consumidores possuem conhecimento sobre a existência de selos de certificação de carne, porém não os exigem para a compra. O consumidor de carne bovina escolhe o corte em função do custo prioritariamente à preferência, comportamento não observado para as outras espécies animais.
ContextThe use of crosses between Bos taurus and Bos indicus has boosted cattle production in tropical areas of Brazil, improving carcass and meat standards. However, there is little information on Canchim animals crossed with Nellore. Additionally, freezing is a preservation method frequently used by consumers, which allows meat to be preserved for a prolonged period, but little is known regarding this effect in meat frozen for 60 days from crossbred animals.AimsThe present study sought to evaluate the carcass performance and characteristics, and the effects of freezing prior to ageing on the meat of animals from different genetic groups finished in a feedlot.MethodsA total of 26 male cattle were used, consisting of Angus×Nellore (AAN), Canchim×Nellore (CAN) and Nellore (NEL), finished in feedlot. The carcasses were evaluated after slaughter. The steaks (Longissimus thoracis) were submitted to freezing for 0, 30 and 60 days before ageing, and were then aged for 1, 7 and 14 days.Key resultsConsumption and performance was greater for AAN and CAN animals. The AAN and CAN crossbred cattle presented higher final liveweight, hot carcass weight, dressing-out percentage and rib eye area. Freezing did not affect the meat luminosity, and it reduced the shear force and the purge at 14 days of ageing when frozen for 30 and 60 days.ConclusionsThe crossbreed between Canchim×Nellore animals is an alternative for termination in a feedlot. Meats frozen before ageing were more tender.ImplicationsCrossbred animals have better carcass performance and characteristics and the pre-freezing process yielded more tender meat. The Canchim is an alternative for crossing with pure Bos indicus animals.
Este trabalho teve por objetivo avaliar a percepção e conhecimento de consumidores sobre a relação entre bem-estar e a qualidade dos produtos de origem animal. Foram entrevistadas 381 pessoas, escolhidas de forma aleatória, em diversos pontos comerciais da cidade de Aquidauana (MS). Os atributos levados em consideração no momento de compra foram avaliados através PROC, FREC, e SAS e comparados por um teste Z bilateral ao nível de 5% de significância. Os questionamentos expressos em porcentagem de sim ou não foram analisados pelo teste qui-quadrado. Entre os atributos levados em consideração pelo consumidor, o bem-estar animal representou 3,1%, diferindo (P < 0,05) da aparência (56,0%), cor (13,5%), marca (7,7%) e maciez (6,5%). Já em relação aos elementos utilizados na decisão de compra o bem-estar representa apenas o terceiro fator mais importante (13,0%) (P = 0,029). Quanto maior o grau de escolaridade (ensino superior) (P = 0,0039) e rendimento salarial acima de 4 salários (P = 0,0418), maior o grau de conhecimento sobre o bem-estar animal e sobre as leis que o asseguram, respectivamente. Os homens estão propensos a pagar mais para se ter um produto com garantia de que os animais foram criados em condição de bem-estar (P < 0,01). O bem-estar animal não é o principal critério utilizado no momento de aquisição dos produtos de origem animal.
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