ResumoAs principais doenças que acometem bezerros e acarretam maiores gastos com medicação e perdas por mortalidade, são diarréia, tristeza parasitária e pneumonia. Em geral, estas enfermidades estão relacionadas ao manejo inadequado e precárias condições de higiene alimentar e ambiental. O presente trabalho foi desenvolvido visando verificar a freqüência de diarréia em bezerros mestiços submetidos a diferentes condições de manejo. O levantamento foi efetuado de agosto de 1998 a julho de 1999, envolvendo 1974 bezerros em 20 Unidades de Produção de Leite C, localizadas no Vale do Rio Preto, entre Valença (RJ), Rio das Flores (RJ) e Rio Preto (MG). A freqüência de casos de diarréia em relação a diferentes aspectos de manejo evidenciou menor ocorrência de diarréia entre os bezerros que permaneceram com a mãe após o parto por pelo menos 24 horas, nas unidades de produção que utilizaram o sistema de aleitamento natural e naquelas propriedades em que os bezerros receberam alimentação suplementar na forma de volumoso picado e concentrado fornecidos no cocho. Em geral, estas propriedades apresentaram em relação às demais, menos vacas em lactação, menor produção de leite e mão de obra do tipo familiar, que podem ter resultado em maior controle das medidas de higiene além de mais atenção e cuidados por parte dos criadores.
O objetivo do trabalho foi analisar os métodos de controle do carrapato Boophilus microplus realizados em três fazendas representativas dos sistemas de produção de leite da Microrregião Fisiográfica Fluminense do Grande Rio, Rio de Janeiro, levando-se em consideração o manejo das fazendas, o grau de sangue Bos taurus e Bos indicus dos rebanhos, os fatores climáticos e a prevalência estacional do carrapato. Para efeito de avaliação, foi utilizada a contagem periódica de fêmeas ingurgitadas medindo entre 4,5 e 8mm, no antímero direito de 20% das vacas em lactação de cada fazenda, durante um ano. A diferença no manejo das pastagens, a composição genética dos rebanhos e as condições climáticas influenciaram a prevalência estacional de B. microplus. A maior lotação animal por hectare, o elevado "stand" vegetativo das pastagens e o maior grau de sangue B. taurus contribuíram para as maiores infestações de carrapatos nas fazendas. O controle de B. microplus realizado pelos proprietários teve importância secundária em relação as outras atitudes de manejo dos rebanhos. Ficou evidenciado o uso excessivo e ineficiente de produtos químicos para o controle de B. microplus nas fazendas. Para implantação de medidas de controle estratégico do B. Microplus, fazem-se necessários esforços para a transferência e adoção dos resultados de pesquisas disponíveis aos produtores rurais.
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