Em 10 de setembro de 2018, morria, aos 86 anos, Paul Virilio, vítima de ataque cardíaco, na cidade litorânea de La Rochelle, onde morara desde sua aposentadoria, em 1999, pela École Speciale d’Architecture (ESA) de Paris. A fatalidade e a crescente importância de suas ideias em diversos campos do saber, entre eles o da comunicação, orientam a realização do presente ensaio. Seguindo apontamentos biográficos e marcos conceituais, procura-se rememorar sua obra, sinalizando problemas e hipóteses que, decisivos, nos ajudam a compreender fenômenos contemporâneos. Tal itinerário encontra-se organizado em cinco chaves de leitura: Virilio, filho da guerra total; Pintor das antiformas; Um arquiteto prático da inclinação; O anarcocristão; O crítico da arte tecnológica.