Esse estudo focalizou a questão da prática do bullying escolar e as diferenças entre meninos e meninas. Objetivou-se sintetizar e interpretar estudos primários qualitativos sobre a prática de bullying escolar. Metodologicamente, consultou-se as bases de dados PsycINFO, SCOPUS, Web of Science, SciELO e o periódico International Journal of Bullying Prevention. Seguiu-se a seguinte questão norteadora: quais as evidências científicas qualitativas sobre a as experiências de meninos e meninas que praticam bullying na escola? Foram incluídos na revisão seis artigos. Verificou-se que os meninos praticam mais o bullying do tipo físico e as meninas utilizam técnicas indiretas para agredir colegas. Os agressores, em geral, apresentam as seguintes características: alto senso de superioridade; desejo de controle; busca de poder e status; obtenção de prazer; agressividade como constituinte de sua imagem; consciência da prática da intimidação. Em uma nova síntese foi apresentada uma crítica reflexiva sobre os achados revisados. Embora o número de referências incluídas na revisão seja limitado, essa síntese qualitativa é relevante na medida em que lança luz sobre as experiências de meninas e meninas que praticam bullying e essas evidências poderão nortear ações de intervenção antibullying.
Bullying escolar é um grave problema de saúde pública e séries dramáticas podem contribuir para iluminar suas diversas facetas. Este estudo teve como objetivo analisar os discursos e práticas de adultos ao tomarem conhecimento ou testemunharem situações de bullying na série Thirteen reasons why. Trata-se de estudo exploratório de abordagem qualitativa fundamentado na Teoria Bioecológica de Bronfenbrenner. Os procedimentos metodológicos foram: análise e seleção de episódios; identificação de cenas que continham bullying; classificação das perspectivas e ações dos adultos; análise dos dados. Notou-se uma compreensão insuficiente dos adultos frente às situações de bullying presenciadas ou conhecidas. Comportamentos de coerção, punições e transferência de responsabilidade entre os contextos foram as ações mais identificadas. O estudo contribui para sensibilização de gestores e sociedade civil sobre o papel dos adultos no gerenciamento e prevenção de casos de bullying nas escolas.
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